Advogados dos partidos prometem 'eleições paralelas' nos tribunais

Phelipe Caldas

Se depender dos candidatos e dos partidos que vão disputar as eleições estaduais deste ano na Paraíba, o pleito vai mesmo ser decidido nos tribunais. Um dia após as duas principais chapas entrarem com pedidos mútuos de impugnação, os respectivos advogados se manifestaram em entrevista à Rede Paraíba Sat.

De um lado, o advogado Carlos Fábio (que representa o PMDB) diz por que entrou na justiça contra as candidaturas de Ricardo Coutinho (PSB) ao Governo, de Rômulo Gouveia (PSDB) a vice-governador e de Cássio Cunha Lima (PSDB) ao Senado Federal. Por outro, Ricardo Sérvulo (que representa o PSB) explica que quer a impugnação de toda a chapa situacionista.

Carlos Fábio enumera cada caso. No que diz respeito ao ex-governador Cássio Cunha Lima, ele explica que o tucano foi condenado e por isto tem ficha-suja, sendo assim impedido pela nova legislação eleitoral de se candidatar. Rômulo Gouveia, por sua vez, estaria impedido desde que teve suas contas de campanha de 2008 rejeitadas pela justiça eleitoral; enquanto que Ricardo não teria se descompatibilizado em tempo hábil de suas funções como servidor da Universidade Federal da Paraíba.

“Todas as três candidaturas serão questionadas na justiça eleitoral. Se estão ilegais perante à legislação, eles não podem disputar o pleito. É simples”, resumiu.

Já Ricardo Sérvulo denuncia a existência de irregularidade na adesão do PP ao projeto de governo do PMDB. O advogado destaca que o partido participou da convenção do PSB e que no dia da convenção aprovou ata em prol da candidatura de Ricardo, mas que depois, já fora de prazo, se aliou a Maranhão.

“Foi uma mudança ilegal e que trouxe prejuízo de grande monta para o grupo oposicionista. Isto tem que ser considerado pelo TRE”, rebateu.