COTIDIANO
Agora, todos estão mortos num trio fundamental para o rock
Publicado em 15/06/2018 às 5:19 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
O baterista D. J. Fontana (à direita) morreu nesta quarta-feira (13) aos 87 anos.
O guitarrista Scotty Moore (à esquerda) morreu em junho de 2016 aos 84 anos.
O baixista Bill Black (ao centro) morreu em outubro de 1965 aos 39 anos.
Você sabe quem são eles?
Sem esse power trio, talvez não existisse o rock do jeito que o conhecemos.
Muitos contestam, mas muita gente defende a tese de que esses três caras inventaram o rock - essa fusão de música branca com música negra - em 1954, numa pequena gravadora de Memphis, no Tennessee, acompanhando um jovem e inexperiente cantor.
O nome do cantor?
Elvis Aaron Presley.
Os fonogramas que eles gravaram ficaram conhecidos como The Sun Sessions.
Sun Records era como se chamava a gravadora fundada em 1952 por Sam Phillips.
Phillips enxergou algo em Elvis e produziu as sessões.
Seu cantor, no entanto, só se tornaria um fenômeno nacional (e logo mundial) em 1956, quando assinou com a poderosa RCA.
Nos rocks e baladas da Sun, a voz e o violão de Elvis se encontram com a guitarra de Moore, o contrabaixo de Black e a bateria de Fontana.
Tudo é muito rudimentar.
Mas há invenção no que eles fizeram.
São fundadores.
Por isso é tão importante.
No documentário Rattle and Hum, de 1988, o U2 visita o estúdio da Sun e grava lá.
A formação da banda irlandesa (como a do Who ou a do Led Zeppelin) repete a do Elvis da Sun Records: um cantor acompanhado por um power trio.
Quando Bill Black morreu, Paul McCartney comprou o contrabaixo acústico que pertenceu a ele.
O instrumento usado na gravação antológica de Heartbreak Hotel.
McCartney, como Bono Vox e muitos dos grandes nomes do rock, sabe que a essência do gênero está naqueles registros do jovem Elvis e sua banda.
A morte de D. J. Fontana nos traz essas lembranças.
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