COTIDIANO
Al Qaeda reivindica autoria de atentado
Al Qaeda ameaçou novos ataques, em resposta à ofensiva do Exército iemenita contra a rede terrorista na província de Abyan.
Publicado em 22/05/2012 às 6:30
A rede terrorista Al Qaeda reivindicou, em comunicado, o atentado suicida de ontem em Sanaa, capital do Iêmen, que matou 96 soldados. O comunicado informou que o alvo do homem-bomba era o ministro do Interior do Iêmen. No comunicado, a Al Qaeda ameaçou lançar novos ataques, em uma aparente resposta à ofensiva do Exército iemenita contra a rede terrorista na província de Abyan, Sul do país. Há um ano, na região, rebeldes que lutam contra o governo lutam para tomar o controle de vilas e cidades. Informações da Agência Brasil.
As autoridades do Iêmen atualizaram para 96 mortos e 300 feridos o número de vítimas do atentado suicida de ontem, em Sanaa. O homem-bomba era um soldado iemenita, que explodiu no meio de um batalhão do Exército, segundo adiantaram fontes militares e dos serviços de emergência médica do país.
O atentado está sendo considerado o mais mortífero desde que o presidente Abdrabuh Mansur Hadi tomou o poder, em fevereiro, quando se comprometeu a expulsar o grupo terrorista Al Qaeda do Sul do país. O ministro da Defesa do Iémen, Mohammed Nasser Ahmed, que estava no local da explosão, escapou ileso.
Mansur Hadi, que foi o único candidato nas eleições realizadas no âmbito do acordo de transição patrocinado pelo Conselho de Cooperação do Golfo, era esperado na cerimônia militar marcada para hoje.
OFENSIVA
O atentado suicida ocorre dez dias depois de uma ofensiva do Exército contra o grupo Al Qaeda na província de Abyan, no Sul do Iêmen, onde há um ano os rebeldes têm tomado o controle de várias vilas e cidades.
Nos últimos três meses, o atentado foi o primeiro considerado grave em Sanaa. Desde que assumiu o governo em fevereiro, o atual presidente se comprometeu a combater a ação da Al Qaeda no país, na tentativa de retomar o controle do governo das cidades localizadas ao Sul.
A estimativa é que pelo menos 213 pessoas, incluindo 147 combatentes da Al Qaeda, morreram desde o início da ofensiva.
Até as eleições de fevereiro, o Iêmen vivia sob intensa disputa interna. Pressionado pela comunidade interna, o então presidente Ali Abdullah Saleh, que ficou no poder por cerca de três décadas, anunciou sua saída.
No Iêmen, o mandato presidencial é de sete anos, porém, nos últimos anos, a cada votação, Saleh era reeleito. Nos últimos dias, houve uma série de protestos contra o governo dele e Hadi acabou sendo eleito há três meses.
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