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COTIDIANO

Alagoa Grande supera tragédias e esbanja cultura e arte

Com a beleza dos casarões de século XIX, a Igreja Matriz com estilo arquitetônico eclético e o terceiro mais antigo teatro do Estado, Alagoa Grande tem muitas histórias para contar.

Publicado em 13/08/2008 às 15:09 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:43

Natália Xavier,
especial para o Paraíba 1


Alagoa Grande: a cidade em que nasceu Jackson do Pandeiro, em que nasceu e morreu Margarida Alves. Cidade de um povo que tem orgulho de sua cultura, de grandes artistas, de um povo forte. Banhada pela Lagoa do Paó, uma lenda conta que sapos não coaxam na beira da lagoa por causa de um milagre de Frei Damião durante uma visita à cidade.

Localizada no Brejo paraibano, aos pés da Serra da Borborema, há quatro anos Alagoa Grande viveu momentos muito difíceis. Com o rompimento da barragem de Camará, a cidade teve a parte baixa inundada e cinco pessoas morreram. O nível da água atingiu quase dois metros em algumas partes do município. Mais de mil pessoas ficaram desabrigadas. A ponte que ligava a cidade aos municípios de Areia e Alagoa Nova também foi destruída e levada pelas águas da enchente.

Superando as dores das tragédias, Alagoa Grande continua a vida calma e recebe o roteiro do “Caminhos do Frio” cheia de histórias para contar. O Teatro Santa Inês, é um dos palcos onde estas histórias são contadas. O prédio onde as oito companhias teatrais da cidade se exibem e os grupos teatrais das escolas dão seus primeiros passos data de 1905, sendo o terceiro mais antigo da Paraíba.

Olhando para o horizonte nas escadarias do teatro, pode-se começar a ver a exuberância da Igreja Matriz de Alagoa Grande. A igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, começou a ser construída ainda no século XVIII e foi inaugurada em 1868. Com um estilo arquitetônico eclético, mistura traços do Gótico e do Barroco. Símbolo da prosperidade vivida pela cidade com os engenhos e as culturas de algodão e cizal, no centro do altar uma imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, toda esculpida em madeira e doada pela Princesa Isabel pode ser admirada.

Saindo da igreja podemos caminhar pelos calçamentos da época do Brasil Colonial e passear em meio a casarões construídos no século XIX, quando os primeiros colonizadores chegaram à cidade. Com azulejos portugueses que remotam à época de construção, os casarões mantêm vivas as lembranças da fase colonial. Toda a rua, juntamente com a igreja, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).

Ainda no passeio pelos casarões chegamos onde está sendo implantado o museu Jackson do Pandeiro, filho mais ilustre de Alagoa Grande. O Museu reunirá a discografia do artista e objetos pessoais doados pela família. Em breve Alagoa Grande ganha mais um monumento “contador de histórias”.

Andando um pouco mais pela cidade, chegamos à “Casa Margarida Maria Alves”, memorial que conta a história de lutas da sindicalista assassinada em 1983 por defender os ideais dos trabalhadores rurais.

No último fim de semana estas e outras belezas de Alagoa Grande puderam ser conhecidas através do roteiro cultural "Caminhos do Frio" que a cada semana visita uma cidade do Brejo paraibano. A próxima parada é na cidade de Pilões.

Imagem

Jornal da Paraíba

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