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COTIDIANO

Alex Gaibu conta detalhes do Treze de 2005, que fez história na Copa do Brasil

Ex-meia falou dos confrontos contra Ulbra, Coritiba e Fluminense, além de dar detalhes de como foi sua ida para o Galo, uma temporada depois de fazer história pelo Campinense.

Publicado em 07/10/2022 às 12:52


                                        
                                            Alex Gaibu conta detalhes do Treze de 2005, que fez história na Copa do Brasil
Alex gaibu, ex-meia do Treze | Foto: acervo pessoal / Alex Gaibu

Todo torcedor do Treze tem na memória com muito carinho aquela campanha histórica da Copa do Brasil de 2005, quando o clube foi até às quartas de final. Foi marcante não apenas para quem estava nas arquibancadas do Amigão incentivando, mas também para todos os envolvidos naquele time. O ex-meia Alex Gaibu falou emocionado sobre aquele feito, em entrevista ao quadro Conversa de Boteco, comandado por Afonso Carlos todas as quartas-feiras, no programa Bate Bola Campina, da Rádio CBN.

Aquele grupo vitorioso começou a nascer após um tropeço do Treze em 2004, quando foi vice-campeão paraibano perdendo para o Campinense, e a força do Galo de 2005 veio justamente do seu maior rival. O torcedor lembra bem da grande leva de atletas que saíram do Rubro-Negro e foram para o Presidente Vargas junto com o técnico Maurício Simões. Gaibu foi um deles, e com bom humor falou que nem o massagista escapou da mudança de um maioral para o outro.

"Quando eu saí daí campeão (estadual pelo Campinense) eu ainda fui para o Anapolina, jogar o Campeonato Brasileiro. Eu não era nem titular absoluto no Campinense, mas o Maurício Simões sempre me levou para os clubes que ele foi. Eu nunca fui aquele titular absoluto, mas fiz uma campanha maravilhosa. Aí ele me levou para o Treze, naquele ano foi: Kleber, Beto, Adelino, Da Silva, Érico, Rogério... Então levou o time quase todo do Campinense para lá, e até o Amaralzinho foi na leva (o massagista). Então, a equipe encaixou, o importante é o encaixe, até na Copa do Brasil", disse o ex-meia.


				
					Alex Gaibu conta detalhes do Treze de 2005, que fez história na Copa do Brasil
Treze x Ulbra, primeira fase da Copa do Brasil de 2005 | Foto: reprodução / TV Paraíba. Treze x Ulbra, primeira fase da Copa do Brasil de 2005 | Foto: reprodução / TV Paraíba

A Copa do Brasil naquela época tinha um formato diferente dos dias atuais. Jogos de ida e volta desde a primeira fase, que deixavam a disputa bem mais emocionante, pelo menos foi para o Treze naquela campanha. Na primeira fase uma virada incrível contra a Ulbra, que venceu o primeiro jogo por 3 a 0, e o Galo conseguiu devolver um 5 a 0 na partida de volta, no Amigão. Depois veio o São Caetano, na segunda fase, e o Coritiba na terceira fase. Gaibu lembrou bem dos jogos contra o Coxa, e que recebeu do técnico Maurício Simões a missão de marcar o lateral-direito Rafinha, que hoje atua no São Paulo e que naquela época tinha apenas 19 anos.

"Eu fico emocionado e arrepiado. Foi uma coisa que para um time do Nordeste, um time da Paraíba, que as pessoas falavam que não passaria nem da primeira fase, e a gente foi… Aquela virada no Ulbra foi importantíssima, e o mais importante é quando a gente passa pelo Coritiba. Na volta, a gente com um jogador a menos, e conseguimos ganhar deles. Eles eram um timaço, tinha o Rafinha que está agora no São Paulo, aquele cara corria por fora do campo, isso não existe, Simões me deu essa missão de marcar o Rafinha, e nossa, era muito difícil. Eu falando agora, estou revivendo aquele momento", relembrou.


				
					Alex Gaibu conta detalhes do Treze de 2005, que fez história na Copa do Brasil
Treze x Fluminense, quartas de final da Copa do Brasil 2005 | Foto: reprodução / TV Paraíba. Treze x Fluminense, quartas de final da Copa do Brasil 2005 | Foto: reprodução / TV Paraíba

Já contra o Fluminense, nos dois grandes jogos pelas quartas de final, Alex Gaibu chamou atenção para o fato de se naquele tempo existisse VAR, as coisas poderiam ter sido diferentes. Além de falar com orgulho da grande partida feita no Amigão, no jogo da volta.

"Depois, contra o Fluminense, acho que se naquele tempo tivesse VAR, ajudaria a gente. Teve um pênalti em cima do Wagner Diniz que ele (o árbitro) não deu, apesar que nosso gol estava impedido, no jogo da volta. Mas o jogo que nós fizemos era para ter sido 2, 3 a zero, era para ter classificado na bola rolando, porque nós massacramos o Fluminense. Nós fizemos história. Por isso que a torcida do Treze fala que foi um título para nós, porque foi uma campanha maravilhosa e tem que ficar para a história mesmo, tem que exaltar esse grupo, porque foi um dos melhores que eu já joguei", finalizou.

O Treze foi eliminado pelo Fluminense nos pênaltis, em um Estádio Amigão lotado. Ainda assim, aquela foi a melhor campanha que o Galo fez na Copa do Brasil. Depois disso, o Alvinegro de Campina Grande avançou apenas até a segunda fase. Em 2007 eliminou o Vilavelhense-ES na primeira fase e acabou sendo eliminado em seguida pelo Corinthians, e em 2014, quando tirou o Tombense, mas na fase seguinte acabou caindo para o Vasco.

Imagem

Izabel Rodrigues

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