COTIDIANO
Aliado depõe na CPI e cita político amigo
Garcêz é considerado pela Polícia Federal como o braço político do esquema de Cachoeira.
Publicado em 25/05/2012 às 8:00
O ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcêz leu ontem na CPI do Cachoeira um documento em que afirma ser amigo de uma lista de políticos que inclui o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Iris Rezende, Olavo Noleto (subchefe de assuntos federativos da Presidência da República) e do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), de quem diz ser "companheiro".
Garcêz é considerado pela Polícia Federal como o braço político do esquema de Cachoeira. Ele foi aparece em escuta feita pela Policia Federal na Operação Monte Carlo em diálogos com o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). Nas conversas, Leréia cobra um suposto depósito de R$ 100 mil de Garcêz.
Também afimou ter hospedado o senador Paulo Paim (PT-RS) em uma casa, além do ter mantido relações com o governador de São Paulo Mário Covas, já morto.
Wladimir Garcêz confirmou ter trabalhado como assessor de Claudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, em contatos com município, Estados e a União. "Mas não participei de contratos ou negócios", disse.
Foi a primeira manifestação de um dos acusados na operação Monte Carlo, da Polícia Federal, na CPI do Cachoeira. O empresário Carlos Cachoeira foi à CPI na terça-feira, mas se manteve calado.
Em sua defesa, Garcêz declarou que trechos da gravações realizadas pela PF foram "montadas contextualmente de acordo com os interesses do inquérito".
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