COTIDIANO
Animação da polícia simula morte de Isabella
Vídeo exibido com exclusividade no Fantástico reúne dados da investigação e mostra a versão da polícia para o crime.
Publicado em 21/07/2008 às 6:52
Do G1
Uma animação produzida por uma empresa especializada, a pedido da Polícia Civil, mostra uma versão do que teria acontecido no dia da morte de Isabella Nardoni. A seqüência de fatos mostrada no vídeo é a reunião das informações apuradas durante a investigação do crime e reconstitui o que, para a polícia, ocorreu na noite de 29 de março. O trabalho foi juntado ao processo na sexta-feira (18).
Assista ao vídeo aqui.
A simulação, obtida com exclusividade pelo Fantástico, traz também fotos da menina e do local do crime. Logo no início, os peritos fazem uma ressalva: "alguns personagens foram omitidos para uma melhor visualização das ações relevantes ao entendimento do caso. Os personagens presentes não possuem características idênticas dos envolvidos, da testemunha e da vítima."
As imagens reproduzem desde a chegada da família à garagem do Edifício London até o momento em que o corpo de Isabella cai no jardim e o morador do primeiro andar chama o socorro.
A pedido do Fantástico, o promotor Francisco Cembranelli, que apresentou a denúncia contra o casal, analisou a animação. “É uma seqüência dos fatos e baseada naquilo que foi obtido até o momento. É a dinâmica da morte de Isabella e dá uma visão bastante panorâmica do que aconteceu”, avalia.
O advogado Marco Polo Levorin, um dos defensores do casal, contestou a animação e o laudo da reconstituição feito pelo Instituto de Criminalística. Ele afirma que, ao contrário do que diz vídeo, os peritos não conseguiram concluir de quem é o sangue no carro e descarta o uso da fralda como apontado pela polícia. Ele diz ainda que o ferimento na testa de Isabella era pequeno demais para deixar tantos vestígios pelo apartamento.
Ainda segundo a defesa, as fraturas na menina registradas pelo raio X foram provocadas pela queda da janela. Ele diz que as marcas no pescoço também foram provocadas pela queda e não por esganadura. Levorin afirma que outras pessoas subiram na cama e estranha que os peritos não tenham encontrado outros vestígios.
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