COTIDIANO
Aos 80, Wills Leal mantém jovem seu necessário ativismo cultural
Publicado em 15/09/2016 às 6:49 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:46
Wills Leal está fazendo 80 anos. São oito dias de festa (um dia para cada década), mas o aniversário é no domingo (18).
Quando penso em Wills, só vejo nele a figura de um grande ativista cultural. Imprescindível à Paraíba há umas seis décadas.
Podemos associar o seu nome a muitas facetas desse ativismo.
Cinema, turismo, carnaval, clubes, academias.
Fico com o cinema por uma questão de afinidade. O cineclubismo, a crítica, a ACCP, os livros, a incrível performance nos debates. A Academia Paraibana de Cinema, que não existiria sem Wills.
E esses dois volumes incríveis sobre o cinema na/da Paraíba!
Mas tem outras coisas. Às vezes menos mencionadas. Como, por exemplo, a aventura do amor atonal.
Ou o diálogo Paraíba/Pernambuco construído com seu amigo Jomard Muniz de Britto.
Até a sua casa, no bairro de Manaíra, demolida há uns poucos anos. Tradição + transgressão: é o resumo que tenho dela.
Lembro de Wills muito jovem na casa de Geraldo Carvalho, em Jaguaribe. Eu, criança, levado pelo meu pai. Mas nossas conversas começaram um pouco depois. Ali pelo início dos anos 1970, quando, adolescente, eu queria ser crítico de cinema.
Wills ainda não tinha 40 anos. Hoje tem 80.
O tempo passou, mas fica a sensação de que seu ativismo, tão necessário, permanece jovem.
Parabéns, Wills!
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