Apenas 4 dos 14 convocados a depor falam sobre escândalo no DF

Do G1

A segunda rodada de interrogatórios do mensalão do DEM de Brasília nesta terça-feira (30) terminou com o retrospecto de apenas quatro depoimentos. Da lista de 14 convocados a depor, sete permaneceram calados, um não foi localizado e dois pediram para prestar depoimento em outra data.

Pivô do episódio que resultou na prisão de Arruda, o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, respondeu às perguntas do delegado Elmiz Rocha. O ex-assessor da secretaria de Comunicação Social do DF Paulo Pestana, que aparece em um vídeo do esquema recebendo R$ 10 mil, o empresário Tony Brixi, citado no caso, e o ex-assessor da Secretaria de Educação do DF Adailton Barreto Rodrigues, que também teria recebido dinheiro do suposto esquema, concordaram em falar.

Filmado entregando maços de dinheiro ao ex-secretário de Relações Institucionais do DF e delator do escândalo, Durval Barbosa, o empresário José Celso Gontijo pediu para ser ouvido pela Polícia Federal em outra data. O mesmo foi solicitado pelo ex-deputado Pedro Passos que, segundo Durval, também receberia propina no esquema. O proprietário de um haras citado no suposto esquema, Severo Araújo Dias, não compareceu para depor. O delegado deve encaminhar à Justiça a parte do inquérito referente a ele.

O grupo que utilizou o direito de ficar calado é composto pelo ex-diretor Regional Saúde do DF João Luiz Arantes, que aparece nos vídeos de Durval Barbosa, o ex-deputado distrital Odilon Aires, acusado por Durval de receber mesada de R$ 30 mil mensais, e os empresários citados no caso Hélio Santos de Oliveira, Ricardo Sechies e Eveline Gebrin – mulher do ex-assessor da secretaria de Educação do DF Gibrail Gebrim, também citado na investigação, que se calou em depoimento nesta segunda. Finalizam a lista Hilton José Pacheco e Alessandro Queiroz.

Terceiro dia de depoimentos

Nesta quarta-feira (31), a PF programou a tomada de sete depoimentos. O delegado Alfredo Junqueira deve ouvir a deputada distrital Eurides Brito (PMDB), que aparece nos vídeos do escândalo colocando maços de dinheiro na bolsa. Colega de Eurides, o deputado Rogério Ulisses (sem partido) está na lista desta quarta, que tem ainda o ex-deputado distrital Junior Brunelli, responsável pela “oração da propina” registrada nos vídeos do escândalo.

Outro ex-deputado distrital, Benício Tavares aparece na relação de convocados junto com o ex-secretário do DF Roberto Giffoni, a ex-mulher do ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) Mariane Vicentini e o servidor da Secretaria de Educação Masaya Kondo.