Um entre os três suspeitos do furto ao apartamento do influenciador digital Carlinhos Maia, no final de maio, teve a liberdade concedida pela Justiça, durante a audiência de custódia realizada nesta quarta-feira, em Maceió (AL). Os outros dois seguem presos.
Emerson de Holanda Lira agora está em liberdade, mas Wellington Medeiros da Silva e Eliabio Custódio Nepomuceno seguem presos desde a última segunda-feira (6). A prisão aconteceu em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. Eles foram conduzidos para a capital alagoana, onde aconteceu o crime.
O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) não deu detalhes da decisão alegando que o processo tramita em sigilo.
“A Justiça entendeu pela manutenção da prisão do meu cliente [Wellington], mas nós vamos entrar com pedido de habeas corpus na Câmara Criminal combatendo essa decisão. A gente tem total convicção da inocência. Ele não foi pego com nenhum objeto do crime e preenche todos os requisitos para responder em liberdade. Nas datas do crime, 28 e 29 [de maio], ele estava na Paraíba, não esteve em Maceió”, afirmou Evanildo Nogueira, responsável pela defesa de Wellington, à TV Gazeta, afiliada Globo em Maceió.
O advogado Thiago Araújo da Silva, que representa os outros dois suspeitos, contou que também vai entrar com pedido de liberdade a Eliabio devido à “ausência de provas”.
Defesa questiona falta de provas
Os advogados de defesa dos três suspeitos contestam as provas apresentadas pela Polícia Civil. Durante as prisões, os investigadores apreenderam ferramentas, celulares, luvas, lanterna e uma escada retrátil que teriam sido utilizadas no crime.
Também foi apreendido um carro que, segundo as investigações, foi filmado por câmeras de segurança rondando o prédio de Carlinhos Maia na noite do furto. Esse veículo, segundo a Polícia Civil, pertence a Emerson Lira.
“Nós temos a certeza de que esse carro tem envolvimento direto com a ação criminosa. Dentro dele, nós apreendemos um par de luvas, que também está diretamente direcionado ao furto. Apreendemos também a lanterna utilizada pelos criminosos”, disse o delegado Lucimério Campos.
A defesa de Emerson, no entanto, afirma que o carro do seu cliente, que foi apreendido na operação em Campina Grande, não é o mesmo veículo mostrado nas imagens da polícia. “Nós temos como provar que ele estava em Campina Grande no momento do crime”.
Ainda segundo a polícia, dois dos presos seriam os que aparecem nas imagens de câmeras de segurança na garagem do prédio, já o terceiro seria o responsável por dirigir o carro utilizado na fuga.
Os advogados negam que os criminosos filmados sejam seus clientes.
