COTIDIANO
Após chuvas, Alagoas registra duas mortes por leptospirose
Entre 21 de junho e 7 de julho, foram 34 casos suspeitos de leptospirose e seis confirmados. Chuvas causaram prejuízos em 28 cidades do estado nas últimas semanas
Publicado em 09/07/2010 às 10:24
Do G1
A Secretaria de Saúde de Alagoas confirma a ocorrência de duas mortes causadas por leptospirose, depois das chuvas que causaram prejuízos em 28 cidades do estado nas últimas semanas.
As vítimas são um jovem de 19 anos e um homem de 29 anos. Os resultados foram divulgados pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), após realização de exame sorológico nas amostras biológicas colhidas da vítima.
De acordo com o Boletim Epidemiológico da Gerência de Agravos não Transmissíveis por Fatores Ambientais, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, foram notificados, entre 21 de junho e 7 de julho, 34 casos suspeitos de leptospirose e seis casos confirmados.
Em Alagoas e em Pernambuco, estado que também foi bastante afetado pelas chuvas, foram confirmadas 57 mortes em decorrência dos temporais que atingiram a região nas últimas semanas. Nos dois estados, 95 municípios relataram estragos por causa de enchentes e mais de 157 mil pessoas tiveram de deixar suas casas.
Em 6 de julho, um corpo foi encontrado em uma área devastada pela enxurrada que atingiu Murici (AL). Segundo o major Sandro José Costa Cavalcante, da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, ainda não é possível confirmar se o corpo é de uma vítima da chuva, porque é necessário um laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Doença
De acordo com o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença causada por uma bactéria presente na urina do rato.
Em casos de enchentes e inundações, a urina dos ratos presente em esgotos e bueiros se mistura à enxurrada e à lama das enchentes. Por isso, o contato com a água ou lama contaminada pode causar a infecção.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas, podendo também ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).
Os primeiros sintomas podem aparecer de um a 30 dias depois do contato com a enchente. Na maioria dos casos, aparece 7 a 14 dias após o contato, ainda segundo o Ministério.
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