COTIDIANO
Após novos depoimentos, aumenta para 16 número de indiciados na 'Famintos 1'
Publicado em 28/08/2019 às 11:05 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:41
Investigadores analisam documentação apreendida na 'Famintos 2'. MPF vai analisar se denuncia, ou não, suspeitos da primeira fase
O número de suspeitos indiciados na primeira fase da Operação Famintos, que apura fraudes em licitações e desvios na merenda escolar de Campina Grande, aumentou. Na semana passada havia pelo menos 12 indiciados, mas o quantitativo subiu para 16 após os desdobramentos da segunda fase das investigações - com o surgimento de novos depoimentos e informações. O inquérito da 'Famintos 1' foi concluído e encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) depois da segunda fase da operação, deflagrada na última quinta-feira (22).
Na primeira fase da operação foram presas 14 pessoas. Agora o MPF está analisando as informações e vai decidir se denuncia, ou não, os suspeitos à Justiça. "Estamos agora em uma fase de analisar o material apreendido na segunda fase", comentou o delegado da Polícia Federal Raoni Aguiar, que coordena as investigações, sem dar maiores detalhes e nem revelar os nomes dos indiciados.
Famintos 1
As investigações foram iniciadas a partir de representação junto ao MPF, que relatou a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande (PB), mediante a contratação de empresas “de fachada”. Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões. Dois secretários municipais (Administração e Educação) foram afastados pela Justiça.
A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.
Famintos 2
A Segunda fase da Operação Famintos teve como foco contratos firmados diretamente entre empresas - que seriam de fachada - e as escolas municipais. São investigados crimes como fraude em licitações, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar.
Entre as 8 pessoas presas está o vereador de Campina Grande Renan Maracajá (PSDC). Atualmente ele e mais dois empresários continuam detidos preventivamente, em cumprimento a mandados de prisão expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal nessa segunda fase das investigações. Cinco empresários, que foram presos temporariamente, já foram liberados.
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