COTIDIANO
Área do tráfico na região metropolitana é mapeada
Dados do 1º BPM apontam cerca de 15 comunidades consideradas pontos críticos para tráfico de drogas e homicídios.
Publicado em 25/01/2012 às 6:30
João Pessoa, Cabedelo e Bayeux têm 15 comunidades consideradas pontos críticos para a ocorrência de tráfico de drogas e homicídios motivados por cobranças de dívidas de entorpecentes. Estes locais recebem uma atenção especial da Polícia Militar e em muitos casos as pessoas envolvidas com a atividade ilícita estão na faixa etária entre os 15 e 25 anos. Em todos os locais elencados, o crack é o entorpecente mais consumido e traficado.
De acordo com o tenente-coronel Jefferson Pereira, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, as comunidades Cangote do Urubu, Renascer, Distrito Mecânico e Saturnino de Brito, no bairro do Varadouro, são consideradas as mais perigosas e concentram a maior parte do tráfico de drogas. Ele citou ainda o Porto de João Tota, em Mandacaru, e a comunidade Padre Hildo Bandeira, na avenida Beira Rio.
“Nós estamos fazendo a implementação das unidades de Polícia Solidária e nossa pretensão é espalhar este tipo de policiamento para todos os locais que estão sendo afetados pelo tráfico. Já notamos que houve uma redução na criminalidade nos bairros em que a Polícia Solidária já atua e queremos espalhar por toda João Pessoa”, disse o tenente-coronel Jefferson Pereira.
Na Zona Sul da capital, seis comunidades sofrem com a atuação de traficantes. No bairro do Geisel, as comunidades Citex, Tieta e Nova República são consideradas as mais perigosas. Conforme o tenente-coronel Souza Neto, comandante do 5º BPM, o policiamento nestes locais é reforçado com atuação de equipes especializadas da Força Tática e Rotam.
“Nos locais mais perigosos em que o tráfico de drogas é mais intenso nós precisamos ter uma abordagem diferenciada, por isso a polícia só entra nas comunidades com o apoio de equipes especializadas”, disse Souza Neto.
Ainda na Zona Sul da capital, as comunidades do Timbó no bairro Bancários, Torre de Babel, no Valentina, e Taipa, do conjunto Costa e Silva, apresentam maior número de pontos de comercialização de drogas, conhecidos por ‘boca de fumo’.
“Trabalhamos fazendo o levantamento destas áreas com o Serviço de Inteligência. O grande problema é que fechamos uma boca de fumo hoje, mas amanhã são abertas mais três, o que dificulta o trabalho policial”, completou Souza Neto, acrescentando que traficantes de 15 a 20 anos atuam nas comunidades.
Entre os locais elencados no levantamento feito no 1º BPM, na Região Metropolitana, o bairro do Mutirão, em Bayeux, é um dos que mais preocupam a polícia devido ao intenso tráfico de drogas e homicídios que acontecem na área. Já no município de Cabedelo, as comunidades Recanto do Poço e Renascer III estão entre as mais afetadas pelo tráfico.
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