COTIDIANO
Arnaldo Baptista faz 70 anos. Os Mutantes são demais!
Publicado em 06/07/2018 às 13:07 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
Arnaldo Baptista faz 70 anos nesta sexta-feira (06).
São Paulo, segunda metade da década de 1960.
Dois irmãos, garotos ainda. Uma garota. Um grupo de rock. Quando chegaram a um nome definitivo, foi este: Os Mutantes. Um trio + um baterista fixo, depois incorporado à banda. E um baixista que chegaria mais tarde. Por fim, um quinteto.
Os Mutantes, um dos pontos altos do rock brasileiro. Rock de vanguarda na linha de frente do movimento tropicalista. Acompanhando Gilberto Gil no festival de Domingo no Parque. E Caetano Veloso no de É Proibido Proibir.
Os Mutantes gravaram meia dúzia de discos entre o final dos anos 1960 e o início dos 1970. Tudo mudou, ou deu prá trás, quando o grupo entrou na "viagem" do rock progressivo.
Os irmãos Baptista. Arnaldo e Sérgio. E Rita Lee. Eles são Os Mutantes. Não há Mutantes sem eles.
Arnaldo e Rita foram casados. O fim do casamento se confunde com o fim do grupo. Ou com as mudanças que levariam ao fim (a saída de Rita, a opção pelo progressivo).
A história de Arnaldo mistura um grande talento musical com uma tragédia pessoal. Os excessos, as internações, a tentativa de suicídio com perda de massa encefálica, as sequelas.
Sua discografia conta essa história. Os grandes discos dos Mutantes, à altura do melhor rock que se produzia no mundo naquele momento. Os atormentados discos solo, desde Loki?, o primeiro deles.
Arnaldo Baptista faz 70 anos nesta sexta-feira (06). Rita Lee está aposentada, escrevendo livros. Sérgio Dias ainda "toca" Os Mutantes. À sua maneira.
Estive com Arnaldo uma vez nos bastidores de um show dos Mutantes, naquele reencontro (sem Rita Lee, com Zélia Duncan) de 2006/2007.
Parecia feliz na volta aos palcos. Tinha uma ingenuidade infantil. Como se fosse um menino num corpo de adulto.
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