COTIDIANO
Assassino em velório
Detido no último sábado (28) suspeito de ter violentado e matado a estudante Rebecca esteve no velório da vítima.
Publicado em 31/01/2012 às 6:30
Familiares da adolescente Rebeca Cristina, estuprada e assassinada no mês de julho do ano passado, afirmam que o suspeito de ter praticado o crime esteve presente no velório da garota. Tereza Cristina, mãe da menina, afirmou que pelo menos três pessoas reconheceram por foto Radi Patrick Neves Rocha e afirmaram que ele esteve no velório. “Ele estava lá.
Várias pessoas viram o rosto dele e lembraram que ele estava no velório da minha filha. Eu tive que ser medicada ao receber esta notícia,” disse Tereza.
O suspeito Radi Patrick foi detido no último sábado e possui uma ficha criminal extensa. É réu no processo de um crime que ficou conhecido por ‘Chacina do Róger’ e conforme o tenente-coronel Lívio Sérgio, é um criminoso de alta periculosidade.
A ‘Chacina do Róger’ aconteceu no mês de dezembro de 2010, quando quatro detentos foram mortos a golpes de espetos. Radi Patrick e outras 17 pessoas são acusadas de ter participado do crime. De acordo com o tenente-coronel Lívio Sérgio, o suspeito já responde judicialmente pelos crimes de assalto e homicídio.
Ele é o principal suspeito de ter estuprado e assassinado a garota Rebeca Cristina Alves Simões. Na época do crime, ele era apenado do regime semiaberto da Penitenciária Média e após uma série de investigações a Polícia Militar passou a realizar buscas na tentativa de localizá-lo.
“Ele possuía um ponto de venda de drogas nas proximidades da penitenciária e distribuía a droga em uma ponte. Ele via quando a vítima passava todos os dias para ir à escola.
Acreditamos que ele começou a cobiçar a menina até chegar ao ponto de sequestrá-la e estuprá-la. Ela poderia reconhecê-lo facilmente já que passava pelo suspeito quase todos os dias e, por este motivo, ele a executou,” explicou o tenente-coronel Lívio Sérgio.
Ele ainda revelou que supostamente no dia do crime, Rebeca Cristina teria sido levada para a residência de um despachante do Detran, identificado por Leopoldo Nascimento, onde teria sido estuprada. Na casa estariam Leopoldo Nascimento, Radi Patrick e um irmão do suspeito. Após o estupro, a menina teria sido levada para Jacarapé onde foi assassinada com um tiro na nuca.
“Ele pode até não ter praticado o estupro, mas o indícios mostram que ele participou do crime. Alguns dias após a morte da Rebeca, o Leopoldo foi assassinado em uma queima de arquivo, já Radi Patrick deixou de se apresentar na Penitenciária Média quatro dias após o assassinato da Rebeca, sendo considerado foragido. A Polícia Civil conduz as investigações e agora o que vai valer são as provas técnicas,” disse o tenente-coronel Lívio.
O suspeito de assassinar Rebeca Cristina foi detido no município de Guarabira, no Brejo paraibano, em uma ação que envolveu policiais do 5º BPM e Serviço de Inteligência do Comando Geral da PM. Ele utilizava identidade falsa e já planejava fugir para o estado de São Paulo. Em depoimento, ele negou qualquer participação no estupro e assassinato da adolescente.
O material genético do suspeito foi colhido no Instituto de Polícia Científica (IPC) para ser confrontado com o material encontrado no corpo da menina. O resultado do exame deve ser divulgado ainda nesta semana. O tenente-coronel Lívio Sérgio afirmou que as investigações continuam sendo realizadas, tendo em vista que mais pessoas podem ter envolvimento no crime.
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