icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Ataques a ônibus podem ter sido coordenados dentro de presídios

Governador Ricardo Coutinho admitiu possibilidade de presos terem ordenado incêndios em retaliação às inspeções ocorridas nas unidades prisionais de João Pessoa.

Publicado em 03/08/2011 às 9:44

Karoline Zilah

Os dois ataques a ônibus ocorridos na segunda e na terça-feira (3) em João Pessoa podem ter sido coordenados por uma das facções criminosas que comandam os presídios da Paraíba: a Al-Qaeda. A denúncia foi feita por agentes penitenciários e foi cogitada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), durante uma assembleia popular sobre segurança pública ocorrida na terça-feira à noite no bairro do Geisel.

Ricardo admitiu a possibilidade dos incêndios terem sido uma forma de pressão surfida dentro dos presídios para causar terror à população. Segundo ele, os presidiários teriam se sentido 'incomodados' em decorrência do 'arrocho' que o Governo Estadual está dando no sistema penitenciário: mudanças de diretores e pentes-finos.

Nas últimas semanas foram realizadas operações de vistoria que resultaram na apreensão de armas, drogas, celulares e até video games. Os produtos estavam no Presídio Sílvio Porto, em Mangabeira, e nas penitenciárias de segurança máxima PB-I e PB-II, em Jacarapé.

Conforme os agentes penitenciários que procuraram nossa reportagem, presos do Roger e do PB-I ligados à Al-Qaeda teriam coordenado os incêndios em retaliação à transferência de alguns dos chefes da organização criminosa para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondônia. A transferência aconteceu em junho e foi acompanhada por um esquema especial, a Operação Perseu, montada pela Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social.

"Apesar do líder Fão e de alguns outros presos terem sido transferidos para lá, eles deixaram comandos aqui em João Pessoa. Agentes penitenciários e alguns diretores de presídios agem sob as ordens da Al-Qaeda", denunciou um funcionário.

Para o governador, apesar das possíveis consequências, é necessário que o Governo continue articulando a segurança pública e tirando regalias dos presos.

A hipótese levantada por Ricardo Coutinho de que a ordem para os incêndios teria partido de detentos também é levantada por alguns agentes penitenciários, que pediram para não serem identificados por questão de segurança. Eles têm uma outra justificativa, porém na mesma linha.

Investigações

A forma como os dois ônibus foram incendiados é idêntica. Nos dois casos, coletivos da empresa São Jorge foram assaltados. Os homens já entraram nos veículos com garrafas PET contendo líquido inflamável. Em seguida, mandaram os cobradores, os motoristas e os passageiros descerem e começaram a espalhar o combustível, ateando fogo depois.

Os primeiros levantamentos sobre os casos foram registrados por policiais civis plantonistas da 9ª Delegacia Distrital, em Mangabeira. Ainda não foram divulgados os resultados das perícias, que identificam, por exemplo, qual foi o tipo de material inflamável utilizado na ação.

De acordo com o delegado Nélio Carneiro, da 9ª DD, os inquéritos foram encaminhados à Gerência Executiva da Polícia Civil de João Pessoa. O órgão designará um delegado especial para dar continuidade às investigações.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp