COTIDIANO
Atentados consecutivos no Iraque matam 46 pessoas
Ataques ainda deixaram 48 feridos no país, a maioria milicianos sunitas. Explosões ocorreram em Bagdá e Qaim, na fronteira com a Síria.
Publicado em 18/07/2010 às 9:22
Do G1
Pelo menos 46 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas - muitas em estado grave - após dois atentados consecutivos registrados neste domingo (18) no Iraque, informaram os ministérios do Interior e da Defesa do país.
O caso mais grave ocorreu no sudoeste de Bagdá: 43 pessoas morreram e 42 se feriram após um atentado suicida contra um grupo das milícias pró-Governo Conselhos da Salvação.
O número de vítimas, no entanto, ainda não é definitivo e pode aumentar nos dois casos, segundo as autoridades locais, que estimam que a maioria dos mortos era de integrantes das milícias sunitas favoráveis ao governo. Entre os feridos há soldados do Exército iraquiano.
A polícia local investiga a informação de que um homem-bomba disfarçado com uniforme militar agiu no caso do atentado contra os milicianos. Ele teria detonado os explosivos ao se aproximar do grupo que esperava para receber pagamentos.
Este ataque, que ocorreu na entrada de uma base militar, é um dos mais sangrentos deste ano no país e o que mais matou integrantes dos Conselhos da Salvação.
Milícias sunitas
As milícias sunitas Conselhos de Salvação foram criadas em outubro de 2006 como parte da estratégia do então comandante das forças americanas no Iraque, David Petraeus, na luta contra a insurgência vinculada à rede terrorista al-Qaeda.
A primeira dessas milícias surgiu na província ocidental de Al-Anbar. O sucesso dela levou clãs árabes das províncias de Salahadin, Diyala, Ninawa e algumas regiões de Bagdá a formarem seus próprios Conselhos de Salvação.
Outro ataque
Outro ataque foi registrado em Qaim, a 340 km de Bagdá, numa região de fronteira com a Síria, matando mais três pessoas e ferindo gravemente outras seis. Outro suicida se explodiu em um escritório das milicias Sahwa. Dois milicianos e um policial morreram na hora.
(*) Com informações das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters
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