Audiência do Caso Aryane é adiada por ausência de advogados

Karoline Zilah
Com Valéria Sinésio, do Jornal da Paraíba

A juíza Ana Flávia de Carvalho, do 1º Tribunal do Júri da Capital, adiou para novembro a terceira audiência de julgamento e instrução do Caso Aryane, que aconteceria nesta sexta-feira (28) no Fórum Criminal. Na sessão, foi comunicado que Aluísio Lucena, o advogado de defesa do réu, Luiz Paes Neto, apresentou atestado médico e o outro advogado, Genival Veloso, não poderia comparecer por motivo de viagem

A próxima sessão ficou marcada para acontecer às 9h do dia 19. Com a ausência dos advogados, o réu argumentou que não se sentiria seguro na audiência sem a companhia das pessoas que trabalham em sua defesa.

Para os parentes de Aryane Thaís Carneiro, a vítima, a ausência não passa de uma estratégia. “A gente vê isso como mais uma estratégia da defesa pra adiar o processo. Não temos o que questionar, pois foi justificado. Estamos confiantes”, disse Henrique Carneiro, irmão de Aryane.

Todas as oito testemunhas, quatro declarantes, três peritos e o réu, o estudante de Direito Luiz Neto, compareceram e assinaram um termo se comprometendo a participar da próxima audiência.

Esta deveria ter sido a terceira parte da audiência que teve início no dia 10 de setembro. Quando os procedimentos forem concluídos, o juiz vai decidir se pronuncia ou não o réu ou se desclassifica o crime. Se o juiz decidir pela pronúncia de Luiz Paes, ele irá a júri popular. Isso significa que seu destino ficará nas mãos de sete pessoas comuns da sociedade, escolhidas por sorteio.

Pela denúncia do MP, o estudante é considerado culpado. Além dele, não foi encontrado nenhum outro suspeito, apesar da defesa insistir na existência de um carro preto. Luiz Paes teria se encontrado na noite do crime com Aryane, próximo a uma lanchonete no bairro de Jaguaribe. Na ocasião, ela teria revelado que estava grávida.

Para a promotoria, foi esse o motivo da Aryane ter sido morta por asfixia por Luiz Paes, com quem teve um rápido namoro. Aryane foi encontrada morta próxima da BR-230, horas depois do encontro com o estudante de Direito, que nega todas as acusações.

Atualizada às 9h30