COTIDIANO
Famílias que ocuparam prédio no Centro de João Pessoa devem receber auxílio de R$ 350 durante 2 anos, propõe Prefeitura
Benefício só será concedido após análise e aprovação da Secretaria de Desenvolvimento Social.
Publicado em 06/04/2022 às 14:19
As famílias que ocuparam o edifício Nações Unidas, no Centro de João Pessoa, devem receber um auxíio financeiro no valor de R$ 350 durante 2 anos. A proposta foi definida durante uma reunião, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (6), entre a Secretaria Municipal de Habitação Social (Semhab) e o Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB).
Segundo Socorro Gadelha, secretária da Semhab, além do auxílio, cerca de 70 pessoas que ocuparam o prédio, entre crianças, jovens, adultos e idosos, devem ser inseridos no Programa Habitacional da Prefeitura de João Pessoa, que hoje tem dois residenciais em construção, com previsão de entrega para dois anos.
O benefício financeiro, no entanto, só será concedido após aprovação da Secretaria de Desenvolvimento Social, que é o setor responsável por ordenar despesas neste sentido.
O MLB afirmou que vai aguardar a confirmação do órgão municipal para avaliar a proposta em assembleia com as famílias.
A ocupação
Na madrugada desta terça-feira (5), famílias do Movimento de Luta nos Bairros (MLB) ocuparam o edifício Nações Unidas, no Centro de João Pessoa. Cerca de 70 pessoas, de todas as faixas etárias, ocuparam os primeiros três pavimentos do prédio.
O edifício é um antigo empresarial, desapropriado pela prefeitura de João Pessoa e fechado há alguns anos.
Segundo Joyce Talita, coordenadora do movimento, o objetivo é ocupar o espaço até que ele seja destinado efetivamente à moradia das famílias ou até que um outro espaço seja cedido para as famílias, garantindo o "direito de morar dignamente".
Após a situação, a prefeitura pediu a desocupação do imóvel. O motivo, segundo a secretaria de habitação de João Pessoa, está no laudo da Defesa Civil Municipal, de fevereiro de 2022.
O documento informa que a equipe identificou pisos danificados e infiltrações em todos os andares. Na área externa, foi detectado comprometimento da estrutura de aço, que estava enferrujada.
O ponto mais crítico está em parte da laje da cobertura, no quarto andar, que está cedendo e já precisou ser escorada.
No entanto, as famílias permanecem no local até que uma posição seja dada pela Secretaria de Desenvolvimento Social.
A Defesa Civil informou que, em caso de desmoronamento da estrutura, outras, abaixo, também podem colapsar.
O risco foi informado aos ocupantes. O coordenador estaudal do MLB diz que apenas os três primeiros andares foram ocupados e que o movimento também avaliou o imóvel, não identificando os mesmos riscos da Defesa Civil.
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