COTIDIANO
Balanço da gestão: Ricardo diz que trânsito é desafio e fala de 2010
Em entrevista ao Bom Dia Paraíba, prefeito de João Pessoa fez balanço do primeiro ano de seu segundo mandato, avaliando o que deu certo e o que ainda precisa melhorar.
Publicado em 23/12/2009 às 10:12
Karoline Zilah
Encerrando o primeiro ano do segundo mandato como prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB) deu uma entrevista ao Bom Dia Paraíba, da TV Cabo Branco, onde fez um balanço das ações desenvolvidas pelo Governo Municipal, citando também o que ainda precisa ser melhorado na Capital paraibana e comentando o cenário político para 2010.
Aprovado por mais de 70% da população pessoense em seu primeiro mandato, Ricardo avaliou que conseguiu manter o nível das ações na transição para o segundo mandato. Ele destacou a educação e o lazer como os pontos mais fortes de seu projeto político, a partir da construção de escolas de ensino fundamental e da política da revitalização de praças, como espaços de convergência social.
Assista à segunda parte da entrevista clicando aqui.
Com relação ao crescimento de João Pessoa como centro urbano e ao acompanhamento que a infraestrutura deveria ter, o prefeito explicou que a cidade cresceu 30% de sua área entre os anos de 1994 e 2004, porém sem planejamento. Segundo Ricardo Coutinho, a Prefeitura entregou 5 mil casas populares e vai entrar a comunidade Paulo Afonso, em janeiro.
O que precisa melhorar
Quando questionado pelo jornalista Laerte Cerqueira sobre os erros cometidos na administração, Ricardo respondeu que o trânsito ainda é uma dos principais entraves que a população ainda enfrenta. Uma das alternativas para a superlotação de veículos na cidade seria potencializar o transporte coletivo, que em João Pessoa tem uma das frotas mais novas do país.
Com relação aos frequentes congestionamentos, ele informou que a Prefeitura ainda precisa se empenhar mais para solucionar este problema.
“Não tem como você duplicar todas as vias. Conseguimos resolver a avenida Pedro II, as vias em frente à Universidade Federal da Paraíba, o Retão de Manaíra, mas é impossível duplicar a Epitácio Pessoa, porque não há espaço para isso”, declarou.
O relacionamento da Prefeitura e da população com os profissionais da Saúde também é uma dificuldade, segundo Ricardo. Para ele, a gestão nesta área ainda precisa melhorar.
Eleições 2010
Frequentemente questionado sobre sua candidatura ao Governo do Estado em 2010, Ricardo Coutinho afirmou que decidiu se candidatar porque “representa um projeto político que teve coragem de inovar em vários aspectos do poder público”.
Como exemplos de novos projetos, ele citou o Orçamento Democrático e a política de geração de renda do Empreender-JP, que oferece empréstimos para que a população monte micro e pequenos negócios, tornando-se referência nacional.
Sobre as alianças, Ricardo respondeu não acreditar em incoerência na sua parceria com o Democratas, de Efraim Morais, pelo fato de sua carreira política de ter sido fundamentada em valores esquerdistas.
“Aquilo que eu dizia há 10 anos atrás eu continuo a dizer, a pensar e a fazer. Nessa caminhada, num Estado como o nosso, nada mais natural do que a união de forças divergentes para dar continuidade a um projeto. Quero disputar essa eleição trazendo algo de importante e novo. Eu não posso fazer política olhando para o retrovisor, como alguns fazem. Tenho que olhar para o futuro”, revelou o pré-candidato.
Nesta aliança com o DEM, em que Efraim Morais tem o apoio de Ricardo para o Senado, surge um possível comprometimento da antiga parceria de Ricardo com o deputado federal Luiz Couto (PT), que também é apontado como nome para concorrer a uma vaga de senador.
O prefeito disse que respeita a posição de Luiz Couto de não subir no palanque ao lado de políticos do PSDB e do DEM, mas que é importante que ele reconheça a trajetória de muitas alianças que já foram feitas anteriormente entre as oposições.
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