COTIDIANO
Bancários da Caixa na Paraíba fecham agências em paralisação nesta terça-feira
Funcionários denunciam a venda de 'fatias' do banco e o cenário caótico da instituição.
Publicado em 27/04/2021 às 9:01 | Atualizado em 27/04/2021 às 10:34
Os funcionários da Caixa Econômica Federal na Paraíba deram início a uma paralisação que vai manter algumas agências do estado fechadas até a meia-noite desta terça-feira (27). O ato é classificado como sendo de “estado de greve”, em meio a uma mobilização nacional que segundo os organizadores tem o objetivo de denunciar a venda de fatias do banco (até então 100% público) e o cenário caótico pelo qual vêm passando os bancários da instituição.
Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, pelo menos sete agências da Grande João Pessoa aderiram ao protesto nesta terça-feira (27). Já em Campina Grande, de acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da cidade, os bancários decidiram não paralisar as atividades por conta da situação atual de pandemia e a preocupação com o atendimento ao público do auxílio emergencial.
Conforme o sindicato estadual, nas agências que paralisaram serão realizadas reuniões nos locais de trabalho, além de protesto em agências estratégicas para dialogar com os empregados e a população. As atividades nas agências serão normalizadas a partir desta quarta-feira (28).
De acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, 81,62% dos funcionários da Caixa na Paraíba aprovaram a deliberação, em assembleia que foi realizada de forma virtual.
A mobilização tem como objetivo, também, exigir melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os empregados do banco.
“Depois dos profissionais da saúde, a categoria bancária foi o segmento da classe trabalhadora que mais se expôs ao contágio pelo coronavírus, principalmente os empregados da Caixa, devido à concentração do pagamento do auxílio emergencial somado ao de outros benefícios sociais. Além do risco de contaminação dos empregados e seus familiares, que não têm prioridade para a vacinação contra a Covid-19, ainda foram obrigados a cumprir metas absurdas e a cobrir as lacunas existentes pela falta de funcionários”, explicou Lindonjhonson Almeida, presidente do Sindicato.
Depois, ele falou também em artifícios utilizados pelo Governo Federal para promover a privatização do banco público. “Os companheiros da Caixa Econômica estão dispostos à luta em defesa da Caixa 100% pública”, declarou.
Ele destaca especificamente que a Caixa Seguridade terá seu capital aberto na próxima quinta-feira (29), em mais uma ação indireta de privatizar o banco. Numa ação que, segundo o Sindicato, pode descapitalizar o banco e tirar uma de suas grandes fontes de receita.
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