Bando executa albergado a tiros em São Bento

A Polícia Civil investiga mais um caso de homicídio que pode estar relacionado com o tráfico de drogas na cidade de São Bento, no Sertão da Paraíba. A vítima foi o albergado Kleberson Roberth Lázaro Chanpam, de 32 anos, mais conhecido como ‘Fô’, que cumpria pena por tráfico de drogas em regime semiaberto. Ele foi executado a tiros na noite da última quarta-feira em frente à casa onde morava no bairro Dão Silveira.

A execução de Kleberson Roberth aconteceu por volta das 18h.

Segundo a polícia, ele estava lavando o carro na porta de casa quando foi surpreendido por vários homens não identificados que chegaram atirando. O medo das testemunhas está dificultando o trabalho da Polícia, já que ninguém afirmou ter visto quantos assassinos participaram da ação e ainda não descrição dos suspeitos.

A vítima tinha saído da cadeia há apenas seis meses, quando foi recebeu o benefício do regime semiaberto e ainda estava cumprindo pena por tráfico. O caso será investigado pelo delegado Marcos Vinícius, titular da Polícia Civil em São Bento. O corpo da vítima foi encaminhado ao Núcleo de Medicina Legal (Numol) de Patos. A polícia continua as buscas, mas ninguém foi preso.

REDE MARGINAL
Kleberson foi preso em 2008 durante a Operação ‘Rede Marginal’, deflagrada pela Polícia Federal para combater crimes de pistolagem, tráfico de drogas e contrabando. Ao todo foram 26 presos, entre eles alguns envolvidos diretamente nas disputas entre as famílias Suassuna, Oliveira e Veras que já provocou mais de 100 mortes entre as cidades de São Bento, Catolé do Rocha e Patos. Aldo Suassuna, morto a tiros em Patos em junho deste ano também estava na lista dos presos durante a operação ‘Rede Marginal’. As cenas do assassinato de Aldo ganharam destaque nacional após terem sido exibidas no programa Fantástico, da Rede Globo no último domingo.

A polícia ainda está investigando a morte de Kleberson, mas acredita que o crime não tem relação direta com a disputa das famílias.

“Provavelmente, a morte tem relação com o tráfico, mas há a suspeita de que pistoleiros que foram presos na operação possam estar envolvidos. Alguns foram soltos porque não foram julgados a tempo”, afirmou o coronel Cunha Rolim, comandante do 12° Batalhão da PM em Catolé do Rocha.