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COTIDIANO

Bebê que morreu em Patos teria sido 'negociada' por cerveja

Mãe chegou a combinar a troca com o dono de um bar, mas desistiu após a criança nascer. Informação é do Conselho Tutelar de Catolé do Rocha.

Publicado em 28/04/2015 às 11:01

Ainda no ventre da mãe, a criança de 8 meses que morreu vítima de possíveis maus tratos durante o último final de semana em um hospital de Patos, no Sertão paraibano, chegou a ser negociada em troca de bebidas. Na última semana de gestação, a mãe da criança havia informado aos parentes que não queria criá-la e chegou a negociar com o dono de um bar que trocaria ela por duas caixas de cerveja, porém desistiu após o nascimento. Essa informação foi repassada pelo Conselho Tutelar de Catolé do Rocha à equipe de reportagem do JORNAL DA PARAÍBA. A mãe, Fernanda França da Silva, 33 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil, mas até o momento não há nenhuma prova de que a ela seja responsável pelas agressões. O pai da criança é um presidiário e está livre de suspeitas.

Cerca de oito dias antes do nascimento de Maria Vitória da Silva Brito, o Conselho Tutelar esteve na casa da mãe, após receber a denúncia de que a mulher iria doar a criança de maneira informal. Porém, após a criança ter nascido, a mãe disse que havia desistido de doá-la. “Ainda na gestação, nós fomos atender uma ocorrência perto da casa dela e aproveitamos para passar lá e conversamos com ela. Em uma segunda visita surpresa, depois do nascimento, encontramos a criança limpa, alimentada e bem cuidada. Nós sempre acompanhamos ela e acreditamos que essa situação de maus tratos surgiu há pouco tempo”, disse o conselheiro que não quis se identificar.

De acordo com o Conselho Tutelar, a mãe da criança não trabalhava e vivia em situação carente no bairro Tancredo Neves, em Catolé do Rocha, mas, a avó paterna da criança estava sempre dando suporte financeiro e ficava com a menina, durante os finais de semana. A suspeita de maus tratos surgiu na última sexta-feira (24), quando o bebê chegou na casa da avó chorando muito e foram detectados alguns sinais maus tratos. Segundo o conselho, a mãe alegou que as dores seriam provenientes de uma pequena infecção e a menina foi socorrida para o Hospital Infantil de Patos.

De acordo com o diretor do hospital, o médico Érico Djan, a menina chegou na unidade hospitalar na manhã do sábado (25) acompanhada da mãe, já em estado grave. Ela estava com sangramento retal, anemia e problemas no fígado que foram agravados. A criança não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do sábado. “A mãe da criança nos disse que sua filha estava na casa da avó há uma semana e a única coisa que sabia era que ela estava com uma forte diarreia e não tinha conhecimento de nenhuma agressão”, disse.

Através de alguns exames realizados ainda no hospital, os médicos constataram uma suspeita de 80% de chances da vítima ter sofrido um estupro, mas, isso só deverá ser confirmado no prazo de 30 dias, após a divulgação do exame realizado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Patos (Numol). Já os hematomas provocados, mostram que os maus tratos aconteciam a pelo menos 15 dias, segundo os médicos.

Polícia já investigava maus tratos antes da morte

A delegada seccional de Catolé do Rocha, Patrícia Forni, informou que antes da morte da criança, as denuncias de maus tratos já estavam sendo investigada desde a noite da sexta-feira (24), quando a família paterna da criança procurou a Polícia Civil. “Nós já estávamos colhendo os depoimentos da mãe, parentes e amigos para averiguar essa denúncia. Inclusive, a confirmação do óbito da criança chegou enquanto as oitivas estavam acontecendo deixando todos chocados”, disse.

Mesmo com os indícios de estupro apontados pelos médicos, a delegada disse que o caso é delicado e ainda é muito cedo para apontar suspeitos de uma violência sexual. “Sabemos que houve agressão física pois isso estava nítido, mas, essa suspeita de violência sexual exige prudência. Só teremos a certeza após a divulgação dos exames do Numol” acrescentou Patrícia Forni .

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Jornal da Paraíba

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