COTIDIANO
Brasil tem queda de 19% no índice de mortalidade materna
Na Paraíba, a redução nos índices de mortalidade materna também foram positivos, chegando a 28,57%.
Publicado em 24/02/2012 às 6:30
Dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde indicam que o Brasil pode ter registrado em 2011 a maior redução em termos absolutos no índice de mortalidade materna desde 2002 – ano em que o país freou a acentuada melhora nesse indicador verificada nos anos 1990. O governo registrou 705 óbitos maternos no primeiro semestre de 2011 contra 870 no primeiro semestre de 2010, uma queda de 19%.
Dados preliminares indicam, segundo o ministério, que o país pode atingir em 2011 uma taxa próxima a 63 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, contra 68 por 100 mil em 2010.
O índice, se confirmado, significará a maior queda da taxa de mortalidade desde 2002. O governo atribuiu o desempenho a uma melhora geral dos serviços de atendimento à gestante.
Porém, mesmo se mantiver esse novo e acentuado patamar de queda nos próximos quatro anos, o país não vai cumprir a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000. "Temos de intensificar o trabalho nos próximos anos se quisermos atingir os Objetivos do Milênio, de chegar a 35 [mortes maternas por 100 mil nascidos vivos] em 2015", afirmou o ministro Padilha. Ele afirmou ontem que continua trabalhando com a meta traçada pela ONU. Em eventos recentes, porém, o ministro já declarou que esse pode ser um objetivo não cumprido pelo Brasil.
NA PARAÍBA
Diferentemente dos dados nacionais, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou os números anuais na Paraíba. Os dados também foram positivos e apontam redução de morte materna, de 28 casos em 2010 para 20 ocorrências em 2011. A queda no Estado ficou em 28,57%.
A faixa etária com maior número de mortes maternas é de 20 - 29 anos. Já as cidades com maior número de óbitos são: João Pessoa, Campina Grande, Esperança, Santa Rita e Alhandra.
MORTE
Considera-se morte materna a que ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o parto, qualquer que tenha sido a duração da gravidez.
A estatística inclui causas diretas de morte materna (como eclâmpsia e hemorragia pós-parto) e indiretas (doenças preexistentes agravadas na gravidez, como diabetes e doenças circulatórias), e exclui causas externas, como acidentes.
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