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COTIDIANO

Brasil vai treinar e equipar investigadores e peritos

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, antecipou que o projeto-piloto será em Alagoas.

Publicado em 24/06/2012 às 17:00

O governo federal prepara sua versão "CSI" para reduzir os altos índices de homicídios hediondos no país.

A referência ao seriado norte-americano resume o foco do programa: equipar investigadores e centrar na perícia para solucionar crimes e reduzir a impunidade.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, antecipou à reportagem o plano. O projeto-piloto será em Alagoas, Estado mais violento do país, de acordo com a União. Neste ano, serão R$ 25 milhões do governo federal e outros R$ 18 milhões do Estado de Alagoas só para a aquisição de equipamentos, como as famosas maletas usadas pelos investigadores no seriado de TV. Tudo para desvendar os crimes mais diversos.

"Há problema de recursos, mas se joga muito dinheiro fora em segurança pública."

Entrevista com José Eduardo Cardozo

- Qual o foco do projeto?


- José Eduardo Cardozo - Começar pelo local mais violento, numa parceria com o governo local. Note-se que ele é governado pelo PSDB. Estamos tratando a violência como questão de Estado; não pode haver jogo de empurra.
No caso de Alagoas, vimos que a impunidade era um fator decisivo na elevação da criminalidade. Outro foco é a informação: a partir de 2013, o Estado que não abastecer o sistema federal com dados padronizados não receberá verba para segurança. Está na lei e vai ajudar muito o diagnóstico.

- Falta de investigação reforça a impunidade?


Sim. Das 604 solicitações de perícia feitas até maio [em Alagoas], 97% estão pendentes. Dos 412 inquéritos instaurados, metade está pendente.
Existem mais de 3.000 laudos periciais pendentes e 3.000 mandados de prisão em aberto. Grande parte dos homicídios, 52%, ocorre só em Maceió e Arapiraca.

- E para combater a pistolagem?


A Polícia Federal vai entrar no combate ao crime organizado, com foco para esquadrões da morte. Gastaremos R$ 25 milhões federais para aquisição de equipamento, inclusive aquelas maletas de perícia.
Mandaremos para lá peritos da Força Nacional enquanto o Estado contrata peritos e policiais por concursos. Vamos criar, em julho, a delegacia de homicídios e dar curso de investigação de homicídios.


- Mas isso resolve o problema dos inquéritos?


Dividiremos o Estado em distritos. Acompanharemos, em uma sala de situação, a evolução da violência uma vez ao mês. Farão parte governador, União, Ministério Público, Justiça, polícias.
Faremos força-tarefa no sistema prisional e outra para agilizar inquérito. Nas áreas violentas e de consumo de drogas, vamos implantar mais de cem câmeras de vídeo. Vamos distribuir rádios, helicópteros. Nós e o governador Teotônio Vilela estamos comprando tablets para os policiais.

- Não precisa desarmar o Estado?


Vamos ampliar os postos de arrecadação e destruir armas acauteladas [sob tutela da polícia]. Elas ou são roubadas ou "saem" à noite para "passear" e depois voltam. Vamos destruir mais de 2.000 no lançamento do programa.
O governo de Alagoas bonificará o policial por arma apreendida, de R$ 250 a R$ 400.
- No caso do executivo da Yoki, a perícia desvendou as circunstâncias em poucos dias...
É esse padrão que queremos dar a Alagoas e ao país. Nenhum Estado está adequado aos padrões internacionais.

Imagem

Jornal da Paraíba

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