COTIDIANO
Briga de trânsito acaba na 2ª DD
Condutor do carro parou o ônibus e quebrou os vidros da porta dianteira, ele alega ter sido 'fechado' pelo motorista do coletivo.
Publicado em 17/04/2012 às 6:30
Uma briga de trânsito ocorrida na tarde de ontem foi parar na delegacia, após o condutor de um veículo comum quebrar parte da porta de vidro de um coletivo da linha 603, Bessa Shopping. A discussão teve início após o zootecnista Flávio Carneiro, que conduzia o veículo de passeio, tentar ultrapassar o coletivo no final da rua Botto de Menezes e início da Princesa Isabel, no Centro de João Pessoa.
Segundo Flávio, ele foi trancado pelo motorista do ônibus e ‘jogado’ para o meio-fio, o que teria danificado seu carro. “Ele começou a xingar a minha mulher e eu não podia deixar ele fazer isso. Coloquei o carro na frente do ônibus e fui até o motorista para exigir também que ele me ressarcisse pelo prejuízo no carro. Quando vi que ele não iria pagar, quebrei o vidro para ele arcar com o prejuízo dele”, disse Flávio, justificando a atitude violenta.
O motorista do ônibus, por sua vez, negou que tivesse trancado o carro comum. “Eu vinha na minha mão quando ele colocou o carro para frente, invadindo a contramão e tentando ultrapassar.
Depois ele e a mulher desceram do carro já me xingando e dando a entender que tinham uma arma. A mulher tentou até me agredir”, afirmou o motorista, ao acrescentar que havia muitas mulheres idosas no coletivo, que ficaram nervosas diante da situação.
Uma delas foi a aposentada Maria do Socorro Tomas, 66 anos, que sofre de pressão alta e passou mal em meio ao tumulto. “Eu estava bem na frente do ônibus porque iria descer na próxima parada. Eu vi tudo, o motorista não teve culpa. O homem do carro e a mulher desceram já xingando o motorista. Eles foram no carro umas três vezes, como se estivessem armados. Eu estou toda me tremendo aqui”, contou Socorro.
Após a confusão, o Batalhão de Policiamento de Trânsito (Bptran) foi chamado e os envolvidos foram conduzidos à 2ª Delegacia Distrital. Segundo a tenente Alecsandra Santiago, comandante do policiamento de trânsito no momento da ocorrência, Flávio Carneiro foi enquadrado por dano ao patrimônio e ameaça, com base nos depoimentos das testemunhas. Ele assinou um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e foi liberado em seguida pelo delegado da 2º DD.
Comentários