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COTIDIANO

Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos

Cultivar a memória da origem dos monumentos de Campina Grande se torna meio de valorizar a história no aniversário da cidade.

Publicado em 11/10/2025 às 11:47


				
					Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos
Campina Grande aparece na posição 273 no ranking de qualidade de vida entre os mais de 5500 municípios brasileiros. (Foto: Reprodução)

A história de uma cidade se preserva em suas ruas, monumentos e na memória de seus moradores. No dia 11 de outubro, Campina Grande, conhecida como a Rainha da Borborema, completa 161 anos de fundação. Ao longo desse tempo, marcos e esculturas espalhados pela cidade ajudam a contar capítulos importantes de sua trajetória e a relembrar personagens que fizeram parte dessa história.

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De acordo com o pesquisador e historiador André Gomes, conhecer a história por trás de cada monumento de Campina Grande é fundamental para preservar a memória coletiva da cidade. Ele se formou recentemente pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com uma pesquisa sobre monumentos campinenenses.

“Elencamos nove monumentos — os principais da cidade — e contamos um pouco da história de cada um, a partir de sua narrativa. O que eles representam, o contexto histórico, porque eles foram colocados naquele lugar, e em em que foram criados, o motivo de estarem naquele local e, em alguns casos, alguns casos, o porquê do apagamento da memória daquele monumento,” explica.

Neste aniversário de 161 anos de Campina Grande, o Jornal da Paraíba reúne informações sobre nove monumentos que ajudam a contar a trajetória da Rainha da Borborema. Confira abaixo.

Monumentos históricos de Campina Grande

“A cidade é um museu a céu aberto. No entanto, a gente acaba circulando pelos espaços, como as praças, as ruas que são detentoras de nomes e muitas vezes a gente não conhece as pessoas que designam esses espaços", disse Gildivan Francisco, professor e orientador do historiador André Gomes.

Erguida há quase 70 anos, na Praça da Bandeira, a estátua dedicada a Juscelino Kubitschek foi construída para celebrar a inauguração da adutora que trouxe as águas do Açude de Boqueirão para Campina Grande, garantindo o abastecimento da cidade até os dias atuais.


				
					Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos
Estátua de Juscelino Kubitschek, na Praça da Bandeira, em Campina Grande. Gustavo Xavier

Na praça Clementino Procópio, os moradores podem contemplar um monumento da década de 60 que foi erguido em homenagem ao ex-governador da Paraíba, Argemiro de Figueiredo, conhecido por ter ideais conservadores e anti-comunistas.

“Hoje quem ocupa essa praça são aqueles que a gente chama de hippies, né? Justamente esse pessoal que vive do artesanato, o pessoal mais alternativo. Então a gente vê que às vezes se tenta instituir uma memória, mas aquela memória é viva, tão viva que ela não não é mais aquilo que se pensou antigamente. Ou seja, hoje Argemiro de Figueiredo está contemplando todo dia os hippies que ele tanto criticava, né?”, explicou André Gomes.

A pesquisa pelas construções do centro histórico de Campina Grande também contemplam o monumento João Rique, construído em homenagem a um dos homens mais ricos e influentes da cidade no passado. O monumento fica posicionado bem em frente a um prédio construído por ele, também de nome João Rique. Foi o primeiro edifício de Campina Grande a ter elevador.


				
					Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos
Monumento João Rique, em Campina Grande. Gustavo Xavier

Campina Grande também foi a primeira cidade do estado a ter uma estátua em homenagem a João Pessoa. A obra inicialmente ficava posicionada em outro local, mas foi colocada na praça Coronel Antônio Pessoa depois de uma reforma urbanística na cidade.

Monumentos históricos ao redor do Açude Velho


				
					Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos
Monumento 'Os Pioneiros da Borborema', em Campina Grande. Gustavo Xavier

Ao redor do Açude Velho, cinco monumentos se destacam como os principais cartões-postais da cidade, como 'Os Pioneiros da Borborema', inaugurado no aniversário de 100 anos da cidade, homenageando o indígena, a catadora de algodão e o tropeiro.


				
					Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos
A Farra da Bodega, em Campina Grande. Leonardo Silva

Outros monumentos, como 'A Farra da Bodega', que exalta os artistas Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, e o Monumento do Sesquicentenário, que celebra os 150 anos de Campina Grande, também foram construídos no entorno do Açude Velho.


				
					Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos
Monumento do Sesquicentenário, construído em homenagem ao aniversário de Campina Grande de 150 anos. Gustavo Xavier

A estátua posicionada estrategicamente em frente ao Açude Velho é dedicada a João Carga D’água, que liderou a Revolta de Quebra-Quilos, colocando o Açude Velho na história do Brasil.


				
					Campina Grande: conheça a história dos monumentos da cidade que completa 161 anos
João Carga D'água liderou a Revolta do Quebra Quilos que ocorreu em 1874. Gustavo Xavier

O movimento aconteceu há cerca de 150 anos e começou pela Paraíba, em protesto à padronização do sistema de pesos e medidas. A obra foi inaugurada em 2014, mas, apesar do pouco tempo, sofre com o esquecimento. Os sinais de vandalismo são visíveis.

"Nosso trabalho vem com essa essa iniciativa de trazer uma educação patrimonial, promover e propor uma educação patrimonial para para que as pessoas possam valorizar os nossos lugares de memória”, disse o historiador.

Um outro monumento é dedicado a Vergniaud Wanderley, que foi prefeito de Campina Grande durante quase dez anos em meados da década de 40. De acordo com André Gomes, ele foi o responsável por uma grande transformação urbanística na cidade na época, como o prolongamento da Avenida Floriano Peixoto, iniciativa que molda Campina Grande até os dias atuais. Foi em homenagem a ele que o trecho às margens do Açude Velho foi chamado de Largo Vergniaud Wanderley.

"A discussão sobre conhecer a nossa história local interfere na forma como nós nos sentimos pertencentes ao nosso território, e conhecer essas estátuas, conhecer esses monumentos incide também da gente pensar sobre a importância de preservar e de conservar esses monumentos, né?", afirma o Gildivan Francisco.

Imagem

Mabel Pontes

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