COTIDIANO
Carro-bomba explode em Madri; não há informações sobre vítimas
Explosão aconteceu na zona conhecida como Campo de las Naciones. Cruz Vermelha havia recebido aviso atribuíto ao ETA horas antes.
Publicado em 09/02/2009 às 8:50
Do G1
Um carro-bomba explodiu nesta segunda-feira (9) em Madri, em uma área onde ficam centros de convenções e empresas, menos de duas horas depois de a Cruz Vermelha espanhola ter recebido um aviso. Segundo o jornal "El País", o aviso teria sido dado em nome do grupo separatista ETA. Não há informação sobre vítimas, segundo as autoridades.
A explosão, que pôde ser escutada em uma extensa zona da cidade, segundo testemunhas, aconteceu em frente à sede da construtora Ferrovial Agromán, onde a polícia havia localizado uma caminhonete suspeita. A empresa participa da construção de um trem-bala no País Basco, obra que é reprovada e foi diversas vezes ameaçada pelo ETA.
No centro de coordenação da Cruz Vermelha, foi recebida uma ligação anônima às 7h37 locais (4h37 no horário de Brasília) alertando sobre a colocação de um carro-bomba na zona conhecida como Campo de las Naciones, onde ficam centros de convenções e sedes de empresas.
Após receber o alerta, a polícia isolou a área e os acessos ao Campo de las Naciones. A bomba explodiu às 9h locais (6h de Brasília).
O ataque ocorreu depois de a Suprema Corte da Espanha, no domingo, ter banido os partidos nacionalistas bascos Democracia 3 Millones e Askatasuna de participar das eleições regionais de março no País Basco. Os partidos são acusados de ligação com o ETA.
"O que o ETA fez nesta manhã mostra que a Suprema Corte fez a coisa certa", disse o ministro espanhol do Interior, Alfredo Rubalcaba, no local do atentado.
O ataque foi o primeiro atribuído ao ETA na capital desde que uma bomba no aeroporto de Madri matou duas pessoas em dezembro de 2006. À época, o atentado interrompeu as negociações de paz entre o governo espanhol e os separatistas.
O ETA luta pela independência do País Basco desde 1960, e matou mais de 800 pessoas no período. No passado, partidos ligados ao grupo tiveram cerca de 15% dos votos nas eleições bascas.
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