icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Casa de José Américo de portas abertas: acervo sobre cultura e política paraibana à beira-mar da capital

Museu que passou mais de um ano fechado por causa da pandemia foi morada de um dos principais escritores do estado.

Publicado em 12/09/2021 às 8:09


                                        
                                            Casa de José Américo de portas abertas: acervo sobre cultura e política paraibana à beira-mar da capital
Fundação Casa José Américo, em João Pessoa | Foto: Divulgação

A pandemia do coronavírus suspendeu atividades que envolvem várias partes da vida de uma cidade. Entre os serviços considerados “não essenciais”, estão os lugares procurados nas horas livres que se tem para gastar com lazer e contemplação. Alguns desses, necessários para garantir que os dias tenham graça e leveza, ficaram quase 1 ano e meio de portas fechadas. Em muitas bocas se diz que o setor cultural foi o primeiro a fechar e que seria um dos últimos a retornar, e não foi diferente em João Pessoa. 

O retorno dos equipamentos de cultura da Paraíba foi tema do 'Paraíba Comunidade', das TVs Cabo Branco e Paraíba,  deste domingo (12).

Entre as opções gratuitas da cidade, que enfrentaram os impedimentos da Covid-19, está a Fundação Casa de José Américo, localizada à beira-mar da praia do Cabo Branco. A casa de número 3.336 de uma das principais avenidas da cidade se mantém de pé desde meados do século passado. No início dos anos 50 a construção começou a se tornar o que foi por 27 anos, moradia do escritor José Américo de Almeida e de sua esposa Dona Lia. Além disso, ao longo da segunda metade do século 20, o local se pôs como espaço de reunião de grandes nomes da literatura e da política nacional. 

José Américo de Almeida não figura em listas de anônimos. O paraibano construiu projeção, nacional e internacional, pelos 93 anos que teve de vida. Natural da cidade de Areia, no brejo do estado, José Américo foi um romancista, ensaísta, poeta, cronista, político, advogado, professor universitário, folclorista e sociólogo brasileiro.

Américo participou ativamente da política brasileira, chegou a ser pré-candidato à  Presidência da República, mas a candidatura não existiu por causa do autogolpe dado por Getúlio Vargas, em 1937. Na literatura, se destacou como escritor no cenário nacional com a publicação de A bagaceira (1928), obra inaugural do chamado 'Romance de 30'. Ele foi o quinto ocupante da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras.

A história de vida do paraibano é contada pelos quatro cantos da casa que virou Fundação. O repasse do imóvel ao patrimônio histórico e cultural dos paraibanos foi um processo iniciado pela Lei Estadual 4.195, de 10 de dezembro de 1980, criando a Fundação Casa de José Américo, composta, basicamente, do Museu, da Biblioteca e dos Arquivos dos Governadores e outros políticos e intelectuais paraibanos.

O espaço tem visitas guiadas pelo quarto do casal, sala de estar, jantar, gabinete, biblioteca e varanda. Um dos pontos mais procurados da instituição são os arquivos com mais de 300 mil documentos, entre manuscritos e impressos em geral, fotos e peças de áudio e vídeo. É uma fonte de estudos do contexto histórico desde 1930.


				
					Casa de José Américo de portas abertas: acervo sobre cultura e política paraibana à beira-mar da capital
Espaço tem visitas guiadas pelo quarto do casal, sala de estar, jantar, gabinete, biblioteca e varanda. Foto: Divulgação/Casa José de Américo..

Apesar de ser uma arquitetura antiga e espaço de cultura permanente da capital, muita gente não conhece o local. É o caso da advogada Valdilena Bezerra, que afirmou ter tido uma surpresa ao conhecer um dos museus de João Pessoa ainda durante a pandemia. “Moro aqui e não conhecia, amo arquiteturas antigas e estou apaixonada. A gente estuda na escola, mas estando no local, vendo as fotos e entendendo mais, a gente se apaixona pela história da nossa região”, revela. 

No processo de reabertura da Fundação, o Governo da Paraíba decidiu abrir vagas para estagiários através do Programa Primeira Chance, que prevê a entrada de jovens no mercado de trabalho paraibano. Brenda Lee é uma das estagiária selecionadas e só conheceu o local através do emprego. “Fiquei maravilhada em poder trabalhar num ambiente de cultura, tem coisas da nossa história que só tem aqui”, comenta. 

A Casa ainda abriga um mausoléu com os restos de José Américo e da esposa. O museu tem a história de 20 governadores da Paraíba e 10 figuras da intelectualidade paraibana. Todo acervo está aberto à visitação pública, e os pesquisadores podem utilizar os materiais como fontes históricas. 

As visitas guiadas são gratuitas, e acontecem de terça a domingo de 9 às 16h. A Fundação Casa de José Américo de Almeida fica localizada na Avenida Cabo Branco, 3336, em João Pessoa. Para agendar a visitação o contato disponível é o (83) 3219-0900. 

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp