icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Casa em que as meninas morreram queimadas está interditada

Segundo a Defesa Civil, a parte comprometida pelo fogo, pode ter afetado a estrutura do prédio e por isso o restante da família não poderá voltar a morar no local.

Publicado em 09/04/2015 às 12:20

A casa onde as duas crianças que morreram cabornizada após um incêndio na madrugada de hoje (9) foi interditada pela Defesa Civil de João Pessoa no início desta tarde. A informação foi repassada por Genilval Filho, diretor operacional do órgão. Ele explicou que o motivo da interdição da residência seria porque a parte comprometida pelo fogo, pode ter afetado a estrutura da casa e, por motivos de segurança, por enquanto, a mãe das crianças e o outro filho dela não poderão voltar a morar lá.

O incêndio aconteceu na noite dessa quarta-feira (8) no bairro Treze de Maio em João Pessoa, quando duas crianças, Maria Cecília Campos, de 8 anos, e Maria Vitória Campos, de 9, estavam dormindo em um quarto próximo a uma vela que iluminava o ambiente. As informações iniciais são de que o gato da família poderia ter derrubado uma vela que iluminava o quarto das meninas, e o fogo da vela tocou em um lençol espalhando as chamas. As meninas morreram abraçadas. A mãe das meninas, Sibele Campos de Oliveira, de 26 anos, disse que a energia elétrica havia sido suspensa por não ter pagado a conta e por isso a casa estava sob a luz de velas.

Na casa, além das meninas, estava a mãe delas com seu outro filho de 6 anos, dormindo na sala. O menino sobreviveu sem ferimentos e foi levado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para um hospital da capital. A mãe também foi atendida.

Com medo do escuro, menina pediu pra deixar a vela acesa

A mãe das meninas, Sibele, relatou que a filha mais nova pediu que a mãe deixasse a vela acesa porque tinha medo de dormir no escuro já que a casa estava com a energia elétrica suspensa por falta de pagamento da conta. Segundo ela, a irmã mais velha ainda pediu que a vela fosse apagada, mas a mais nova chorou para que não fosse apagada.

“Eu tive pena da mais nova, porque ela não queria dormir no escuro. A mais velha, não. A mais velha disse para deixar a vela apagada, que não queria a vela acesa. Aí eu disse ‘não filha, sua irmã não quer, ela até chorou antes’. Ela insistiu que queria dormir com a vela apagada, mas eu deixei acesa, fora da cama. Acho que em alguma hora o gato bateu e virou no colchão”, relembrou.

Mãe pediu ajuda ao pai das crianças, que não teve como quitar a dívida

Ainda de acordo com Sibele Campos, que trabalha como empregada doméstica, ela chegou a solicitar ajuda ao pai das crianças para quitar o débito com a concessionária de energia elétrica na Paraíba, a Energisa, mas ele não pode deixar o dinheiro. Ela, então, recorreu a ex-sogra, avó das crianças, mas também não conseguiu ajuda.

“Pedi a minha ex-sogra para levar meus três filhos para lá, porque eu não queria ficar com eles dentro de casa usando vela perto deles. Não queria deixar meus filhos lá. Foram encher a cabeça dela, dizendo que eu só vivia andando no meio do mundo. Eu não tinha condições de pagar [a contra de luz], eu não tinha condição de nada. Era para eu pagar”, lamentou a empregada doméstica.

O pai das meninas, Joelson Mendes da Silva, comentou que a pendência financeira com a Energisa era de R$ 350. Segundo ele, que trabalha cuidando de um idoso, não havia condição financeira de pagar as contas em atraso. “A gente tinha que ir na Energisa, fazer um acordo, parcelar os atrasados. Aí chegou para pagar R$ 350 dos atrasados para eles virem ligar. Ainda ia demorar alguma tempo [para religarem]”, explicou.

Investigação

Apesar das suspeitas de que um gato teria batido na vela fazendo com que ela tocasse no lençol e e causasse as chamas, o Instituto de Polícia Científica (IPC) esteve no local e realizou uma perícia para determinar o que teria feito a vela cair no colchão.

Os corpos das duas meninas foi encaminhado para Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), no bairro do Cristo Redentor, na capital paraibana. Até a manhã desta quinta-feira (9), os corpos não tinham sido liberados.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp