Caso Kelton Marques: Justiça manda Ruan Macário pagar pensão à família de motoboy

A Justiça decidiu que o vendedor Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Ruan Macário, condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelo atropelamento e morte do motoboy Kelton Marques, deve pagar pensão à família da vítima.

A decisão liminar foi expedida pela 4° Vara Mista de Santa Rita no dia 15 de maio de 2024, mas se tornou pública nesta quarta-feira (26).

De de acordo com a família do motoboy, nenhuma parcela da pensão foi paga. A decisão da Justiça paraibana estabeleceu que Ruan Macário pagasse 2/3 de 1,5 salário mínimo como modo de contribuir para o sustento da esposa e das duas filhas menores de idade de Kelton Marques, que foram diretamente afetadas pela morte do provedor da família.

De acordo com a decisão judicial, a pensão deve ser paga até o ano em que a vítima completaria 73 anos de idade, estimativa de vida estipulada pelo IBGE.

O Jornal da Paraíba entrou em contato com a defesa de Ruan Macário, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria. A defesa da família de Kelton Marques não quis comentar a respeito da decisão da Justiça.

Entenda o caso Kelton Marques

O motoboy Kelton Marques morreu em setembro de 2021, no Retão de Manaíra, após ser atingido por um carro em alta velocidade pilotado por Ruan Macário, que fugiu do local sem prestar socorro.

Após 10 meses foragido, Ruan Macário se apresentou à polícia na presença do advogado. O mandado de prisão preventiva que estava em aberto contra ele foi cumprido imediatamente. Ele foi interrogado pelo delegado Miroslav Alencar, mas ficou em silêncio e responderá apenas em juízo. Em seguida, foi encaminhado para o presídio de Catolé do Rocha.

Kelton Marques tinha 33 anos, duas filhas e morava em Santa Rita. Ele trabalhava em um restaurante que funcionava durante a madrugada, e na hora do acidente estava voltando para casa após terminar as entregas do expediente.