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COTIDIANO

Casos de chikungunya aumentam 331% no mês de julho em relação a 2020

Paraíba registrou 6.982 casos prováveis de dengue, 4.413 de chikungunya e 718 da doença aguda pelo vírus zika.

Publicado em 30/07/2021 às 17:09 | Atualizado em 30/07/2021 às 19:39


                                        
                                            Casos de chikungunya aumentam 331% no mês de julho em relação a 2020
Aedes Aegypti

				
					Casos de chikungunya aumentam 331% no mês de julho em relação a 2020
Aedes Aegypti

O boletim epidemiológico das arboviroses do período de janeiro a 24 de julho de 2021, na Paraíba, registrou 6.982 casos prováveis de dengue, 4.413 de chikungunya e 718 da doença aguda pelo vírus zika. Houve um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde.

Só neste mês de julho, foram 2,3 mil novos casos prováveis de dengue, 1,7 mil de chikungunya e 100% de acréscimo nos casos de zika, em relação ao boletim anterior. Se comparar com o mesmo período do ano de 2020, houve um aumento de 53% nas notificações de dengue; 331% de chikungunya e, para os casos prováveis de zika, houve um aumento de 239%.

Foram oito registros de óbitos suspeitos por arboviroses, nos municípios do Conde (1), João Pessoa (5), Sapé (1), e Patos (1), sendo quatro descartados e dois confirmados para dengue, em João Pessoa e Patos. Dois continuam em investigação. No mesmo período de 2020, houve um óbito confirmado por dengue, em Sapé, e dois casos confirmados por chikungunya, em João Pessoa.

Em 2021, foram notificados 14 casos confirmados por vírus zika em gestantes, por critério laboratorial, nos municípios de Baraúna (1), Cabedelo (1), Campina Grande (1), Itapororoca (2), João Pessoa (4), Natuba (1), Pedras de Fogo (1), Picuí (1), Queimadas (1) e São Vicente do Seridó (1).

Até o fechamento do boletim, 209 municípios realizaram o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). De acordo com os resultados enviados, 73 (34,92%) apresentaram índices que demonstram situação de risco para ocorrência de surto; 107 (51,19%) encontram-se em situação de alerta e 29 (13,87%) municípios em situação satisfatória. 10 municípios (4,78%) apresentaram níveis do Índice de Infestação Predial (IIP) zero.

No boletim, constam ainda várias recomendações. Algumas, por conta do período de elevadas temperaturas e intermitência de chuvas, são direcionadas às Secretarias Municipais de Saúde:

- Intensificar as ações de modo integrado aos diversos setores locais como infraestrutura, limpeza urbana, Secretarias de Educação, Comunicação e Meio Ambiente, e outras áreas afins; - Sensibilizar a população quanto ao autocuidado para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, contribuindo para o controle da dengue, zika e chikungunya; - Manter ativa a vigilância para notificação dos casos suspeitos das arboviroses; - Investigar, acompanhar e encerrar os casos notificados para dengue, zika e chikungunya; - Realizar coleta de material para confirmação laboratorial de casos suspeitos, atentando para as normas e procedimentos de coleta específicos de cada técnica/vírus; - Integração dos ACSs e ACEs no combate aos criadouros de Aedes e na identificação/sinalização dos casos suspeitos.

A técnica da SES, responsável pelas arboviroses, Carla Jaciara, lembra que os focos do mosquito, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. “Daí, a importância das famílias não esquecerem que, pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em especial, lavar bem a caixa d'água e depois vedar”, ressaltou.

Carla ainda alertou para que a população fique atenta e não deixe água acumulada em pneus, calhas e vasos, adicione cloro na água da piscina e deixe garrafas cobertas ou de cabeça para baixo. “São medidas que estamos sempre repetindo porque fazem toda a diferença para impedir o registro de mais casos de arboviroses. Além de receber em casa o técnico de saúde, devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância”, concluiu.

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Dani Fechine

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