Cassino fechado tem lacres violados e é reaberto seis dias depois

Karoline Zilah

A delegada Simone Barbalho se surpreendeu com a ousadia dos administradores de um cassino clandestino fechado pela Polícia Civil no último domingo (24) no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Neste sábado (30), ao voltar à casa onde os jogos funcionavam, a polícia se deparou com novas máquinas caça-níqueis instaladas.

A suspeita é de que o estabelecimento tenha sido preparado durante toda a semana para ser reativado.

De acordo com a delegada plantonista da 10ª Delegacia Distrital de Tambaú, a equipe só retornou à casa em Manaíra seis dias depois para fazer a perícia por "falta de tempo hábil". Na ocasião, foram apreendidas 21 máquinas e todos os ambientes da casa foram lacrados, porém as faixas foram encontradas rompidas e outros 13 equipamentos já estavam em atividade. Ninguém estava na mansão neste sábado.

A delegada informou ao Paraíba1 que está aguardando a chegada de um caminhão que possa retirar da casa todas as máquinas apreendidas.

Na primeira vez em que a polícia fechou o cassino, dez clientes e três funcionários foram flagrados. Eles prestaram depoimento e assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pela contravenção penal de prática de jogos de azar. Os proprietários do bingo ainda não foram localizados.

"O proprietário do cassino pode ser responsabilizado por três crimes: por ter instalado as máquinas e explorado jogos de azar, por ter violado o local da perícia e por ter reinstalado os equipamentos com a mesma finalidade da primeira vez em que fechamos o cassino", explicou a delegada Simone Barbalho.