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COTIDIANO

Celular em show é triste retrato do homem refém da máquina

Publicado em 12/05/2017 às 6:39 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:45

Ver um artista ao vivo é algo muito especial.

Estar diante de quem você admira. No mesmo espaço físico. Ele (ou ela) no palco, você na plateia. Os dois separados por alguns metros. A música produzida ali, ao vivo. Não tem preço.


				
					Celular em show é triste retrato do homem refém da máquina

Guardo na memória as melhores lembranças dos muitos shows que vi.

Tom, Vinícius, João Gilberto, Elis, Cartola, Caetano, Gil, Chico, Milton, Ray Charles, Dylan, McCartney, os Rolling Stones. Gente que continua atuando. Gente que já morreu. Grandes artistas. Grandes performances.

E tem o ritual. A confirmação, a compra dos ingressos, a expectativa, a ansiedade, (às vezes) a viagem, a espera no teatro, na casa, no estádio. E, finalmente, o show. Rápido, fugaz, mágico. Os momentos que você tenta reter na memória. Um pequeno detalhe, uma canção que evoca alguma coisa, uma performance mais arrebatadora.

Não tem disco, DVD, Blu-ray. Ao vivo é muito melhor!

A tecnologia, quando é nossa aliada, faz milagres. A qualidade do som, a beleza da luz, a nitidez dos telões em grandes ambientes. Os shows pensados para plateias de milhares de pessoas.

A mesma tecnologia que nos escraviza e nos faz reféns dela.

Prestei muita atenção no show de Roberto Carlos, dois dias atrás em João Pessoa.

O uso de celulares pelo público é excessivo, abusivo. São centenas ao mesmo tempo. Todos acionados para registros que não têm qualidade nem de áudio nem de vídeo. Só impedem que você veja algo muito especial que está ocorrendo bem ali na sua frente.

A emoção de ver o artista é substituída pela "emoção" de vê-lo através de uma telinha que está nas suas mãos e que é colocada entre você e aquele (ou aquela) que está no palco. É no mínimo estranho.

E tem a selfie. Uma, duas, dez. Você de costas para o artista. Tentando eternizar numa imagem um momento que não está sendo eternizado na memória.

O mundo está doente!

A frase de Paulo VI permanece atual.

Celular em show é somente o triste retrato do homem refém da máquina!

Quando fui ver Roberto Carlos, deixei o meu em casa!

Imagem

Silvio Osias

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