COTIDIANO
Centenário de Severino Araújo não tem espaço no jornalismo cultural
Publicado em 23/04/2017 às 9:56 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:45
Severino Araújo é um nome importante para a música da Paraíba?
Severino Araújo é um nome importante para a música brasileira?
A Orquestra Tabajara é importante para a história das orquestras populares brasileiras?
O centenário de Severino Araújo, neste domingo (23), deveria ser lembrado?
Antes, uma historinha. Não se surpreendam. Vou falar de Michael Jackson!
Noite de 25 de junho de 2009. Um amigo, editor de cultura, está na minha casa. Juntos, vemos no Jornal Nacional a notícia da morte de Michael Jackson. Ele troca um telefonema com a editora chefe do jornal em que trabalha. E permanece na minha casa. Pensei que ia sair correndo para cuidar do necrológio do artista.
Naquela noite, fui dormir me perguntando: o jornalismo cultural está morto?
Mas o assunto aqui é Severino Araújo!
Hoje cedo, fui ler A União certo de que encontraria excelente material sobre o centenário do maestro. A União tem tradição no jornalismo cultural.
Fiquei surpreso: nada!
Depois, o Correio da Paraíba. Nada também!
Em seguida, saindo do jornalismo cultural, lembrei da Rádio Tabajara. Foi lá que a Orquestra Tabajara nasceu. Foi de lá que saiu para conquistar dimensão nacional.
Liguei para uma pessoa amiga que trabalha na emissora, perguntando se haveria alguma homenagem ao maestro na programação deste domingo. A resposta que recebi:
Realmente, não vamos dar nada.
Paraíba com memória? Paraíba sem memória?
Preciso comentar?
Viva Severino Araújo! Viva a Orquestra Tabajara!
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