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COTIDIANO

Cerca elétrica evita fuga em massa no Serrotão; 9 fugiram em um mês

Oito detentos de penitenciária em CG arrombaram portão de pavilhão e subiram em muro. Sete ficaram feridos e um conseguiu escapar. Os mais perigosos serão transferidos.

Publicado em 20/05/2010 às 8:07

Karoline Zilah

A Penitenciária Regional de Campina Grande, conhecida popularmente como Presídio do Serrotão, registrou na noite da quarta-feira (19) a segunda tentativa de fuga em massa somente neste mês de maio. Com a nova investida dos detentos, a instituição contabiliza nove foragidos em menos de um mês. E o prejuízo não foi maior por pouco: oito homens tentaram pular o muro, mas apenas um conseguiu.

A polícia foi notificada sobre o caso às 22h, por meio de uma ligação feita pelos agentes penitenciários à Central de Operações da Polícia Militar (Copom). Eles informaram que oito presos arrombaram os portões do pavilhão conhecido como 'Coletivo 4', ou 'Favelão', o mesmo onde seis homens conseguiram fugir no dia 10 de maio.

O diretor do presídio, capitão Albenício, explicou ao Paraíba1 que os presos utilizaram algum objeto pesado para conseguir arrombar os portões do pavilhão e se dirigiram a um dos muros. De uma guarita, um policial percebeu o que acontecia e acionou a segurança. Sete deles foram recapturados. Como a cerca do muro é eletrificada, alguns dos detentos ficaram feridos por choques e arranhões nos arames. Eles foram levados para o Hospital Regional de Campina Grande, onde receberam curativos. Os demais foram devolvidos às celas.

Estratégia contra as cercas elétricas

De acordo com o capitão Albenício, a estratégia utilizada pelos presidiários para fugir sem se machucar na cerca elétrica é vestir várias roupas, uma por cima da outra. O objetivo é isolar o corpo termicamente e não ser atingido por choques.

Apenas um homem conseguiu ir embora porque já estava em cima do muro, prestes a pular. O foragido é Suenis Valter de Lima, de 23 anos, que entrou em um matagal e ainda não foi localizado.

Transferência dos mais perigosos

Uma recontagem foi feita ainda nesta madrugada no pavilhão 4. Um pente-fino deverá ser feito na penitenciária na manhã desta quinta-feira (20).

A direção do Serrotão informou que vai solicitar ao juiz de Execuções Penais de João Pessoa que os presos mais perigosos localizados naquele pavilhão sejam transferidos para a Capital. Os demais terão que trocar de prédio, já que ainda será necessário consertar os portões danificados com o arrombamento.

Superlotação

Atualmente, a capacidade do Presídio do Serrotão é para 350 detentos. No entanto, a realidade é que a instituição abriga 541 homens somente no regime fechado. Além deles, ainda há os detentos do regime semiaberto, que estão cumprindo pena em casa porque a Casa de Albergue sofreu um incêndio no início do mês.

Adoção de medidas de segurança

O diretor diz acreditar que o problema da penitenciária é estrutural, e não de pessoal. Segundo ele, os inquéritos que apuram as últimas fugas ainda estão em andamento, mas já seria possível afirmar que não houve facilitações, e sim deficiências no sistema de segurança, as quais estariam sendo sanadas.

"Desde a última fuga, as Secretarias de Segurança Pública e da Administração Penitenciária atenderam às nossas necessidades e aumentaram os efetivos da guarda e dos agentes penitenciários. Antes, chegávamos a ter apenas uma guarita funcionando. Outras medidas também já foram providenciadas, como o aumento da força de energia nos muros", explicou ele.

Segundo eles, essas fraquezas do presídio teriam sido observadas pelos detentos, o que os ajudou a traçar planos de fuga. "Nós sabemos que todo preso tem vontade de estar em liberdade. A gente notou que a guarda, de responsabilidade da Polícia Militar, está defasada por falta de efetivo. Muitas guaritas estavam desativadas, e os presos passavam o dia inteiro observando isso. Ontem, por sinal, só não houve essa fuga em massa porque, por coincidência, as guaritas já estavam ativadas", explicou capitão Albenício.

Mais fugas no Estado

No dia 10 de maio, seis presos que estavam detidos no ‘Coletivo 4’, na área conhecida como ‘Favela’, conseguiram escapar usando cordas de lençóis, conhecidas como 'alvarás', sem levantarem a desconfiança dos agentes e policiais militares que trabalhavam nas guaritas.

Neste mês, também foram registrados casos na casa de detenção do Monte Santo, em Campina Grande, e nos municípios de São Bento, Areia, Alcantil e Catolé do Rocha.

Imagem

Jornal da Paraíba

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