COTIDIANO
Chamei Dom Marcelo para ir ao cinema. E ele foi
Publicado em 01/04/2017 às 6:32 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:46
Morreu Dom Marcelo Carvalheira.
Fui me despedir dele na Catedral e lembrei de tanta coisa.
Da bondade, da ternura, da simplicidade, da firmeza, da indignação.
Do evangelizador e do homem engajado nas lutas sociais e políticas do seu tempo.
Lembrei também de amenidades.
Uma delas: o dia em que lhe falei, no corredor da TV Cabo Branco, que tinha um imitador, o humorista Cristovam Tadeu. E que precisava ver a imitação.
A outra: em março de 2004, a tarde em que o levamos ao cinema para ver A Paixão de Cristo, de Mel Gibson. Dom Marcelo como um dos convidados para uma exibição que seria registrada pela TV.
Que beleza de sessão!
O controvertido filme sendo exibido para um bispo católico (Dom Marcelo), um pastor evangélico (Estevam Fernandes), um ateu (WJ Solha) e um judeu (Fernando Pereira). Bom, Fernando não é judeu, mas é quase como se fosse!
As conversas antes da sessão, o tempo na sala escura, as opiniões após a projeção. Ecumenismo, erudição, diversidade, tolerância nas diferenças.
Para mim, foi inesquecível.
Olhei mais para o encontro daqueles quatro homens do que para o filme!
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