icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Choque térmico causa paralisia

Mudança abrupta de temperatura, do quente para o frio, pode provocar contrações nos músculos da face.

Publicado em 17/03/2013 às 8:00 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:28

A mudança abrupta de temperatura pode trazer vários danos à saúde humana, como a paralisia facial periférica (PFP). A lesão acometeu o motoboy Anderson Leal, 32 anos. Ele contou que quando retornou ao local de trabalho e entrou na sala climatizada, após algumas entregas realizadas sob o sol forte de João Pessoa, sentiu uma certa dificuldade em piscar um dos olhos, assim como dormência na língua. Chegou a imaginar que estivesse sofrendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC) mas, ao se consultar com o neurologista, foi informado que os sintomas se enquadravam numa paralisia facial provocada por choque térmico.

“Quando entrei na sala, senti de imediato uma sensação estranha. O olho parecia pesado, não conseguia piscar direito, minha língua ficou dormente e sentia meu rosto enrijecendo, como se estivesse congelado. Foi muito estranho, mas nem me importei muito. Depois fui ao banheiro e não percebi diferença, mas fixando os olhos no espelho vi que o olho estava meio baixo e a boca um pouco torta”, detalhou.

Envergonhado pela forma irregular que o rosto tomou, Anderson Leal disse que, enquanto está fazendo o tratamento para recuperar a forma natural da face, só sai de casa para trabalhar.

“Eu dependo do meu trabalho e por isso continuo a realizá-lo, mas quando não estou com o capacete, uso um boné como tentativa de disfarçar a paralisia. Por enquanto prefiro me reservar até que tudo volte ao normal”, relatou.

Anderson declarou ainda que, após o ocorrido, ficou receoso e que, por isso, toma alguns cuidados para que o caso não se repita ou mesmo se agrave. “Quando chego da rua espero o corpo esfriar um pouco para poder entrar na sala ou em qualquer outro local que tenha ar condicionado. Essa mesma orientação repassei para meu amigos e colegas de profissão”, disse.

No entanto, segundo a neurologista Ana Moema Pereira Nóbrega, não há uma prevenção específica, porém sinaliza que devem ser controladas condições que possam diminuir a imunidade, “já que uma das teorias aceitas é de que a doença seja de caráter autoimune”, explica.

Ela disse ainda que é comum as pessoas confundirem a paralisia facial periférica com o AVC. “No consultório, não é muito frequente atendermos esses pacientes, pois geralmente procuram os serviços de urgência nas primeiras 24h, principalmente pelo receio que a paralisia seja causada por um ACV”, afirmou.

De acordo com Ana Moema, os jovens e crianças podem ficar despreocupados, pois conforme registros, a maior incidência de paralisia facial periférica acomete principalmente em adultos.

A neurologista disse que o problema pode ser identificado facilmente pelo quadro clínico inicial insidioso (quando aparece aos poucos sem apresentar sintomas específicos), geralmente entre o período de 12h até 24h. “Diferente da paralisia causada por um AVC que é de instalação súbita, geralmente precedida por um quadro viral, infecção do aparelho gastrointestinal (gastroenterite), dor retroauricular de média a forte intensidade”, comparou.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp