COTIDIANO
Clientes denunciam agência de viagens suspeita de aplicar golpes em João Pessoa
Segundo as vítimas, eles compraram pacotes e não tiveram as viagens realizadas.
Publicado em 03/12/2025 às 15:53

Uma empresa de turismo de João Pessoa está sendo denunciada por clientes que compraram pacotes e não tiveram as viagens realizadas. Segundo a Polícia Civil, 15 pessoas registraram boletim de ocorrência contra a agência, e o prejuízo soma cerca de R$ 50 mil.
O empresário Alex Barbosa, proprietário da empresa Alex Te Leva, que é investigada pelos golpes, afirmou que desconhece essa quantidade de pessoas que alegam o descumprimento das obrigações da empresa. Segundo ele, a agência está passando por mudança de gestão, que todos os problemas serão resolvidos e que as pessoas podem entrar em contato com a empresa e solicitar a resolução.
A farmacêutica Kaizza Silveira contou que comprou um pacote de viagens para Buenos Aires para ela, o marido e a filha, que custou cerca de R$ 9 mil. Próximo à viagem, a empresa alegou que, por problemas internos, o passeio não seria realizado e pediu para que ela escolhesse uma nova data, mas a consumidora pediu o dinheiro de volta.
“Ele reembolsou apenas 30% do valor que eu dei pra ele. Ele pagou só 3 mil, ficou faltando R$ 6 mil. Ele ficava enrolando, dizia que ia pagar, não pagou. Eu fui no Procon, e ele não foi no dia da audiência e aí eu prestei boletim de ocorrência. Mas infelizmente ele ainda está atuando no ramo do turismo", afirmou Kaizza.
A guia de turismo Silvia Camila contou que trabalhou por um mês para a agência de turismo, mas não recebeu o valor combinado. Ela conta que acionou a Justiça e conseguiu um acordo judicial, mas que a empresa nunca pagou o combinado.
“A proposta era ele me pagar no final do mês todo o serviço que eu fiz e até então não recebi. Fui até a justiça, que fez um acordo judicial, e ele não cumpriu. Ele fez dois agendamentos de pix que não entraram na minha conta”, afirma Silvia.

Kaizza, Silvia e outras 50 pessoas participam de um grupo nas redes sociais com consumidores e ex-funcionários que alegam que foram lesados pela empresa, mas apenas parte deles chegou a formalizar denúncia. O delegado Ademir Fernandes pede que outras possíveis vítimas compareçam à delegacia.
“Nós temos cerca de 15 pessoas ouvidas, então está aberto para que outras pessoas procurem a delegacia. É importante que elas venham para que a gente possa demonstrar na justiça a gravidade dessa situação. As pessoas têm o sonho de viajar e de repente o sonho é quebrado. Além disso, o grande prejuízo financeiro, que até aqui soma mais de R$ 50 mil reais”, afirmou o delegado.
A superintendente do Procon Paraíba, Késsia Liliane, afirma que o consumidor deve sempre desconfiar, checar as credenciais da empresa e a opinião de outros consumidores.
“O primeiro cuidado que o consumidor deve ter é ver se essa empresa tem cadastro no Cadastrur. Ela também tem que ir printando toda transação, verificar a opinião de outros consumidores, verificar se essa empresa tem CNPJ, evitar comprar por redes sociais, verificar se a empresa tem endereço físico e se ele existe. Tudo isso garante que você está comprando com um empresa real.”


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