COTIDIANO
Com direito de ficar em silêncio para não se incriminar, defensora da cloroquina será ouvida na CPI da Covid
Publicado em 22/05/2021 às 13:14 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:56
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio, se for questionada sobre fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período que coincide com a crise de falta de oxigênio nas UTIs de Manaus. Ela a próxima testemunha a ser ouvida pela CPI da Pademia. O depoimento está marcado para terça-feira (25), às 9h. A convocação de Mayra para depor na CPI partiu de alguns senadores da oposição que alegam que Mayra se notabilizou como defensora de um "tratamento precoce" com medicações sem nenhuma comprovação efetiva contra o coronavírus. Informações Os parlamentares querem mais informações sobre a aquisição e distribuição de comprimidos de cloroquina pelo Ministério da Saúde, inclusive para Manaus e para o estado do Amazonas, que tiveram colapso no sistema de saúde no início deste ano, culminando com a falta de oxigênio nos hospitais. Questões relativas a isolamento social, vacinação, postura do governo, estratégia de comunicação e omissão de dados também devem ser abordadas pelos senadores. A secretária, que é médica, também terá que dar explicações sobre uma plataforma desenvolvida pelo Ministério da Saúde, o TrateCov, recomendando o uso de cloroquina no combate à Covid-19. Em depoimento à CPI, o ex-ministro Eduardo Pazuello afirmou que a ideia partiu de Mayra Pinheiro, mas o programa nunca chegou a ser lançado oficialmente, pois fora “roubado” e “hackeado” enquanto ainda estava em fase de desenvolvimento. Mas vale lembrar que TrateCov foi lançado com transmissão oficial da tv estatal. Será um começo de semana de mais embate na CPI.
Com informações da Agência Senado
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