COTIDIANO
Começa julgamento do caso Everton Belmont
Quase 200 pessoas, entre familiares, amigos e parentes de outras vítimas de homicídio foram até o Fórum Criminal para acompanhar.
Publicado em 24/08/2012 às 6:00
O julgamento do acusado pelo assassinato do bancário Everton Barbosa Belmont, morto em 2010, começou ontem, no 2º Tribunal do Júri, em João Pessoa. O acusado, Wagner Soares Nóbrega, é réu confesso no processo e, se condenado, deverá responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
O júri popular começou por volta das 14h e até o fechamento desta edição, ainda não havia terminado, com previsão de entrar pela madrugada.
Quase 200 pessoas, entre familiares, amigos e parentes de outras vítimas de homicídio foram até o Fórum Criminal para acompanhar o caso, porém somente 84 pessoas tiveram acesso ao auditório. Ao todo, sete jurados assistiram aos depoimentos de cinco testemunhas, entre acusação, defesa e representantes do Ministério Público (MP).
As testemunhas de acusação foram as primeiras a depor, em seguida houve a versão do réu, interrogatórios dos advogados de defesa e acusação e por último o promotor de Justiça Djacir Luna da Silva.
Entre os familiares e amigos das vítimas, a expectativa era de que o acusado responda o crime em regime fechado. “Foi uma espera muito angustiante durante esses dois anos, com ele (acusado) impune e livre esse tempo todo. Tem muitas 'brechas' na Justiça, mas esperamos que ele seja condenado. O que a Justiça decidir também será uma resposta para a sociedade”, disse Elane Belmont, irmã do bancário.
O mesmo sentimento de justiça foi partilhado por parentes de vítimas de homicídio que integram o grupo 'Mães na Dor', como a mãe do professor de Jiu Jitsu Rufino Gomes, assassinado em Janeiro de 2011. “Quando as pessoas fazem esse tipo de crime, morre uma família inteira. Meu filho também foi brutalmente assassinado e é muito triste para nós ver que os acusados continuam em liberdade”, lamenta.
O bancário Everton Belmont, que tinha 27 anos, foi assassinado a tiros na madrugada de 14 de março de 2010, em Jaguaribe. O crime teria acontecido após discussão por conta da suspensão de um cheque no valor de R$ 500.
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