Cometa Leonard pode ser visto na Paraíba, mas astrônomo alerta dificuldade a olho nu

O cometa Leonard foi registrado como o maior e mais brilhante de 2021. A observação começou no início da semana no Hemisfério Norte, mas é possível apreciar o fenômeno na Paraíba até domingo (19). 

O Cometa C/2021 A1 Leonard foi descoberto por Greg J. Leonard nos primeiros dias de 2021 a partir do Observatório Mount Lemmon, no Arizona. De acordo com o astrônomo paraibano Marcelo Zurita, desde suas primeiras previsões Leonard dava indícios que poderia se tornar muito brilhante. 

Marcelo explica que os cometas são corpos compostos de gelo, poeira e gases congelados, que vêm das regiões geladas do Sistema Solar. Por algum tipo de perturbação gravitacional, esses corpos são lançados para o interior do sistema. Quando se aproximam do sol, seu gelo e seus gases sublimam, formando a coma, que é arrastada e ionizada pelos ventos solares, o que forma sua cauda e também faz com que o cometa brilhe. 

Apesar de promissor, o astrônomo afirma que é preciso lembrar que cometas são objetos imprevisíveis, quando eles se aproximam do sol, tudo pode acontecer.

Na Paraíba

Para observar o cometa, o ideal é tentar aproveitar a vista cerca de 40 minutos depois do pôr do sol. É preciso procurar um local com boa visibilidade para o horizonte oeste, sem prédios, postes ou qualquer outra coisa nessa direção. É bom evitar também as regiões urbanas, pois a luminosidade da cidade pode ofuscar o brilho do cometa. 

O astrônomo Marcelo Zurita destaca que a olho nu a vista pode ser prejudicada, então vale apostar em ferramentas de observação. Em João Pessoa, a zona oeste da cidade pode ser um bom lugar para aproveitar o fenômeno. 

Por fim, apesar da visibilidade ser mais promissora até o dia 19, Zurita acredita que não há como ser totalmente preciso:

“Teoricamente, ele deve permanecer visível a olho nu até a última noite do ano. Mas na prática, não dá para fazer previsões muito precisas sobre o brilho de um cometa. Eles costumam nos surpreender. Às vezes para bem, às vezes para mal”, destaca o especialista.