COTIDIANO
Comunidade é refém do tráfico em comunidade de CG
Moradores da 'Favela do Papelão', no bairro Dinamérica, em Campina Grande, afirmam conviver com o medo de bandidos.
Publicado em 12/07/2012 às 14:00
Em um antigo terreno baldio ao lado do ginásio ‘O Meninão’, em Campina Grande, uma comunidade com cerca de 200 pessoas é obrigada, há quase uma década, a conviver com a insegurança e o tráfico de drogas, além de lixo amontoado e nenhum saneamento básico. Trata-se da ‘Favela do Papelão’, localizada no bairro Dinamérica, onde na última terça-feira a Polícia Militar estourou uma ‘boca de fumo’ e efetuou a prisão de um acusado de traficar drogas.
Por volta das 23h, policiais faziam rondas no bairro quando foram informados sobre uma residência em que funcionaria um ponto de tráfico que abastecia a região. De acordo com a polícia, no casebre um homem foi preso em flagrante e objetos supostamente fruto de roubos foram apreendidos.
Com Willames Tavares da Costa, de 43 anos, foram apreendidos 200g de crack, 150g de maconha, R$ 505 em espécie, quatro celulares, duas câmeras digitais, um aparelho MP4 e ainda 14 relógios de pulso.
De acordo com os moradores, além das péssimas condições de habitação e saneamento com as quais precisam conviver diariamente, residindo em pequenos ‘barracos’ de madeira, barro ou tijolo, a insegurança se tornou constante.
O tráfico de drogas e os assaltos estariam sendo tolerados pacificamente pelos habitantes da comunidade.
O reciclador Eduardo Nunes de Sousa, de 50 anos, reside no local há 10 anos, com seus nove filhos. Segundo ele, a criminalidade no local já foi maior. “Antes havia muitos envolvidos com tráfico de drogas por aqui. Ainda tem, mas às vezes a polícia prende um ou outro. O problema é que de vez em quando até vêm viaturas, mas elas passam direto”, disse.
O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Campina Grande, tenente coronel Souza Neto, afirma que há prisões constantes na região e o policiamento é efetivo na área.
Segundo ele, a segurança está sendo realizada em todos os bairros da cidade. “Estamos sempre enviando viaturas e fazendo prisões lá na ‘Favela do Papelão’, só que temos a responsabilidade de cuidar de todas as áreas da cidade”, afirma o comandante.
Comentários