icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Conheça os avanços na tecnologia para elucidar crimes na PB

Cerca de 99% dos exames periciais são feitos em laboratórios locais, que contam com equipamentos modernos e de alta precisão.

Publicado em 08/08/2010 às 16:46

De Valéria Sinésio do Jornal da Paraíba

Se por um lado a Paraíba tem pilhas de inquéritos amontoadas nas delegacias, por outro, tem tecnologia de ponta para desvendar os crimes que ocorrem no Estado. Cerca de 99% dos exames periciais são feitos em laboratórios locais, que contam com equipamentos modernos e de alta precisão. Pela aparelhagem de material e capacitação dos peritos, a Paraíba não perde em nada para grandes centros de criminalística do país, como São Paulo e Rio Grande do Sul.

Mas não é só isso. A Paraíba também possui recursos modernos para interceptação telefônica, escuta ambiental e vários outros meios utilizados no processo de investigação dos inquéritos policiais. Segundo Humberto Pontes, presidente da Associação Brasileira de Criminalística, o Estado é referência quando o assunto é exame de identificação por DNA. “Peritos de outros Estados, como Pernambuco, vêm para cá realizar o exame, porque sabem que aqui temos recursos para isso”, conta.

Segundo ele, foi a Paraíba que recebeu o primeiro laboratório para exames de DNA dos Estados nordestinos, no ano de 2004. A capacitação dos profissionais que trabalham no setor é outro diferencial que coloca o Estado como referência. “São servidores capacitados e envolvidos com a elucidação dos casos que chegam até eles, atuando com cautela e imparcialidade”, explica.

O Estado também conta com o sistema wavelet, que consiste em um banco de dados com imagens de impressões digitais. Com o sistema, será mais fácil fazer a identificação, pois serão mostradas as impressões que mais se assemelham à que está sendo procurada pelo perito. “O objetivo é encontrar a identidade do portador da digital”, explica Gracinete Duarte, papilocopista. A impressão digital é uma prova impossível de ser questionada.
A Paraíba é tida como referência, ainda, na identificação veicular, conforme Humberto Pontes. Os equipamentos do laboratório de toxicologia são dos mesmos fabricantes que fornecem material para o FBI e a polícia alemã. A próxima evolução deve acontecer em breve, quando chegar a técnica da luz forense, recurso capaz de identificar sangue e outros resquícios na cena do crime.

Impressões digitais têm precisão de 100%


“As pessoas são únicas”. A frase foi da chefe do setor de papiloscopia do Instituto de Polícia Científica (IPC), Gracinete Duarte. “As pessoas podem usar a mesma roupa, ter o mesmo nome, os mesmos gostos, mas elas jamais terão as mesmas impressões digitais”, afirma. Perita há mais de 20 anos, ela já perdeu as contas de quantas vezes, através da identificação, transformou suspeitos em acusados. As impressões digitais estão presentes em 80% dos locais onde ocorreram crimes.

O trabalho minucioso do papiloscopista geralmente tem início na cena do crime. Com uma maleta cheia de equipamentos como lupa e pó reagente, ele pode dar mais celeridade ao processo, sobretudo quando atua em parceria com o delegado que comanda as investigações. A busca por impressões digitais é constante no processo de elucidação dos crimes ocorridos na Paraíba, principalmente homicídios, sequestros e roubos. Só este ano, 125 relatórios e 30 laudos foram feitos no laboratório de papiloscopia.

Pela experiência acumulada ao longo dos 20 anos como perita, Gracinete conta que consegue confrontar impressões digitais em 30 minutos, mesmo que o prazo legal determinado pela Justiça seja de dez dias para divulgação do resultado. “A precisão é de 100%, se a sua impressão digital está na cena do crime, é porque você esteve lá”, destaca. “Em casos assim, a pessoa terá que provar e explicar, muito bem explicado, o que estava fazendo no local do crime”, completa. Na análise, o perito identifica os pontos característicos que o levam até o acusado.

Outra tecnologia que a Paraíba possui são os equipamentos para confronto balístico, ou seja, o recurso que possibilta saber se o projétil saiu de determinada arma. O laboratório de balística que a Paraíba possui faz análise de armas, munições e afins, como material explosivo. Mensalmente, segundo os peritos Sandra Sousa e Pedro Falcão, são realizados cerca de 200 exames.

Já no laboratório de documentoscopia há a identificação através dos equipamentos de documentos e dinheiro falsificado. O perito Helton Frazão explica que uma cédula, por exemplo, tem como característica verdadeira o não reflexo da luz. O setor também faz identificação de ingressos de shows, Carteira Nacional de Habilitação (CNH), documentos de licenciamento de veículos e outros.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp