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COTIDIANO

Corpo do jornalista e ex-deputado Moreira Alves começa a ser velado

Jornalista e ex-deputado morreu na sexta-feira (3). Corpo será cremado no Cemitério do Caju por volta das 15h.

Publicado em 04/04/2009 às 10:54

Do G1

O corpo de jornalista e ex-deputado federal Marcio Moreira Alves começou a ser velado por volta das 9h deste sábado (4), na Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, no Centro.

Familiares e amigos chegam ao local para prestar homenagem a Moreira Alves, que morreu, aos 72 anos, no fim da tarde de sexta-feira (3), no Hospital Samaritano por causa de sequelas de um AVC.

A previsão é de que o corpo deixe o Palácio Tiradentes por volta das 14h e siga para o Cemitério do Caju, onde deve ser cremado às 15h.

Carreira

Marcio Emmanuel Moreira Alves nasceu no Rio, no dia 14 de julho de 1936. Iniciou suas atividades profissionais aos 17 anos como repórter do Correio da Manhã, jornal do Rio de Janeiro.

Segundo o seu site pessoal, no dia 2 de setembro de 1968, em protesto contra a invasão da UnB, o já deputado Marcio Moreira Alves pronunciou um discurso na Câmara, sugerindo um “boicote ao militarismo”, que ninguém participasse das comemorações no 7 de setembro.

Ainda de acordo com o seu site pessoal, o pronunciamento foi considerado como ofensivo “aos brios e à dignidade das forças armadas”. No dia 13 de dezembro, o então presidente Costa e Silva editou o Ato Institucional 5, o AI-5. O site do jornalista, entretanto, descarta a ligação do pronunciamento com o decreto.

"Na verdade o discurso de Marcio Moreira Alves foi apenas um pretexto, já que as medidas trazidas pelo ato eram as mesmas defendidas pelos militares desde julho."

O AI-5 cassou direitos políticos e deu plenos poderes ao presidente da República, que poderia até fechar o Congresso Nacional e intervir nos municípios e nos estados, entre outros direitos.

No dia 30 do mesmo mês foi divulgada a primeira lista de cassações posterior ao AI-5. Onze deputados federais – entre eles Marcio Moreira Alves – tiveram seus mandatos cassados. Ainda em dezembro de 1968, ele deixou clandestinamente o Brasil rumo ao Chile, onde permaneceu até 1971. Durante o exílio percorreu vários países e retornou ao Brasil apenas em setembro de 1979, beneficiado pela Lei da Anistia.

Imagem

Jornal da Paraíba

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