COTIDIANO
Delegacia da Mulher e militares divergem sobre laudo do DML
PM afirma que laudo já elimina a possibilidade de a flanelinha ter sido estuprada. Mas delegada discorda e diz que isso só pode ser afirmado com resultado de outro exame.
Publicado em 28/08/2009 às 10:05
Da Redação
O laudo do Departamento Médico Legal (DML), divulgado na noite da quinta-feira (27), está sendo alvo de interpretações contrárias entre a Polícia Militar e a Delegacia da Mulher. O laudo, assinado pela médica Vilanir Maia de Macedo Costa, é parte do processo que investiga o suposto estupro de uma flanelinha. Os acusados são policiais.
Segundo a assessoria da Polícia Militar, o exame preliminar já descartaria a possibilidade do abuso sexual, mas a delegada responsável pelo caso, Ana Karina, discorda dessa afirmação e diz que laudo descarta apenas a possibilidade da vítima ter sofrido violência durante o ato.
“Apenas por esse exame não tem como provar que não houve o ato sexual, porque a vítima não é virgem”, afirmou a delegada. O exame que pode provar se houve ou não o ato sexual ainda está sendo processado pelo DML.
Este exame é feito a partir de materiais colhido na vítima. Esse fluído será comparado com o material recolhido dos Policias. O resultado desse exame mais preciso sai dentro de dez dias.
O caso
Na madrugada da última quinta-feira a flanelinha, C.C.J.S, de 20 anos, disse ter sido abusada sexualmente por policiais militares na orla do Cabo Branco, em João Pessoa. Ela contou que os policiais estavam numa viatura e a violentaram dentro do carro da polícia.
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