COTIDIANO
Delegada conclui que negociações motivaram mortes de empresários
Depoimentos confirmaram ligações entre vítimas. Discussão por compra de posto de combustível teria sido a gota d`água para o homicídio seguido de suicídio, em CG.
Publicado em 03/09/2009 às 7:50
Karoline Zilah
Com Jornal da Paraíba
Podem ter chegado ao fim as investigações sobre a morte dos empresários Glaryston Medeiros e Salomão Davi Sousa da Silva, no último sábado (29), em Campina Grande. Elizabeth Beckman, delegada de Polícia Civil responsável pelas investigações, declarou na quarta-feira (2) que conseguiu esclarecer o motivo do crime após ouvir os depoimentos de duas testemunhas e de um declarante.
O primo de uma das vítimas falou como declarante e confirmou que os empresários estavam fazendo negócios. As discussões teriam sido iniciadas devido à venda de um posto de combustíveis. Glaryston estaria insatisfeito alegando diferença de valor no processo de compra do estabelecimento, arrematado por Salomão em um leilão da Justiça.
Uma aposentada e um mototaxista estavam na rua Desembargador Trindade por volta das 14h quando tudo aconteceu. Eles confirmaram à delegada que Glaryston, que era empresário do ramo de combustíveis, discutiu com Salomão, que trabalhava no setor imobiliário. No calor do bate-boca, Glaryston atirou em Salomão, que foi socorrido ainda com vida e morreu à noite na UTI da Clínica Santa Clara. Após balear o colega, Glaryston foi encontrado morto com o mesmo revólver próximo ao corpo.
“Estamos na tentativa de ouvir familiares só para maiores esclarecimentos, mas as causas do fasto já foram esclarecidas”, explicou a delegada Elizabeth Beckman, que ainda informou que o encontro entre os dois empresários no sábado foi marcado.
“Pelo que apuramos até então, o Gleriston marcou de frente ao escritório e os advogados não tinham conhecimento do encontro, e inclusive no momento do crime o escritório estava fechado”, relatou a delegada Elisabeth Beckman, para quem os indícios indicam que a tragédia foi pré-meditada.
“É uma questão que não há como confirmar, porque os dois estão mortos e a família não tinha conhecimento de todas as negociações. Gleriston, conforme os familiares, era uma pessoa muito fechada e não costumava contar todos os seus problemas”, frisou a delegada. O caso deverá ser investigado pela Delegacia de Homicídios do município. Os corpos dos dois empresários foram sepultados no domingo.
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