COTIDIANO
Delegado do GOE é designado para investigar morte de defensora
Wagner Dorta assume inquérito policial sobre acidente que resultou na morte de Fátima Lopes. Acusado ainda não conseguiu habeas corpus e passou a noite na Central de Polícia.
Publicado em 26/01/2010 às 8:07
Karoline Zilah
O delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, Wagner Dorta, foi designado em caráter especial para dar continuidade às investigações sobre o acidente de carro que resultou na morte da defensora pública geral do Estado, Fátima Lopes, no último domingo (24).
A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (26) convocando Wagner Dorta a assumir todos os atos e diligências que forem necessários para apurar todos os detalhes do acidente automobilístico. (veja abaixo a portaria)
O DELEGADO GERAL DA POLÍCIA CIVIL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 9º, inciso V, da Lei Complementar nº. 85, de 12 de agosto de 2008, RESOLVE designar o Delegado de Polícia Civil WAGNER PAIVA DE GUSMÃO DORTA, matrícula nº 157.320-9, para, em caráter especial, dá continuidade ao Inquérito Policial, instaurado para apurar, em toda sua extensão, o acidente automobilístico ocorrido na Avenida Epitácio Pessoa, na Capital, no qual foram vítimas, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima (falecida) e seu esposo Carlos Martinho Correia Lima, devendo a autoridade ora designada, proceder a todos os atos e diligências que se fizerem necessárias à consecução do exercício da Polícia Judiciária.
O acusado de ter provocado a batida ainda passou a noite em cela especial na Central de Polícia, em João Pessoa. O advogado do acusado, Abraão Beltrão, disse ainda não saber qual juiz ficaria encarregado do processo e por isso só deveria dar entrada com o pedido de habeas corpus na manhã da terça-feira.
Acompanhamento de promotores
Na segunda-feira (25), procurador-geral de Justiça da Paraíba, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, designou os promotores Anita Bethânia Silva da Rocha e Ricardo José de Medeiros e Silva para acompanhar as investigações. Eles são coordenadores da Central de Acompanhamento de Inquéritos do Ministério Público (Caimp), em João Pessoa.
Versão da defesa
O psicólogo Eduardo Henrique Parede do Amaral, de 32 anos, foi indiciado por homicídio doloso. A polícia sustenta a tese de que ele teria ultrapassado o sinal vermelho em alta velocidade e investiga se o motorista dirigia sob efeito de bebida alcoólica.
O acusado prestou depoimento e negou todas as acusações. Ele admitiu ter bebido, mas não a ponto de estar alcoolizado, segundo suas declarações. Também afirmou que o sinal estaria amarelo, apenas em alerta, mas a Superintendência de Transporte e Trânsito de João Pessoa (STTrans) divulgou que os sinais funcionavam normalmente no horário do acidente.
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