COTIDIANO
Depois de quase um mês, mineiros encerram greve na África
O movimento foi marcado pelas mortes de 34 trabalhadores. O episódio é considerado o mais violento desde o fim do apartheid.
Publicado em 07/09/2012 às 15:36
Três semanas depois das mortes de 34 trabalhadores da Mina de Marikana, no Noroeste da África do Sul, o Sindicato Nacional dos Mineiros do país e a empresa Lonmim (que administra a mina) fecharam ontem um acordo que encerra o impasse entre ambos.
Por quase um mês, os mineiros mantiveram um movimento de greve que levou a confrontos com policiais armados. Um dos confrontos resultou em 34 mortes e mais de 70 feridos. As informações são da Agência Brasil.
O episódio foi considerado o mais violento da África do Sul desde o fim do regime do apartheid (de segregação racial), que acabou em 1994. O acordo foi assinado, em Rustenburg, a 100 quilômetros de Joanesburgo, a capital do país, e contou com a mediação do Ministério do Trabalho e líderes religiosos.
Pelo acordo, os trabalhadores se responsabilizam a voltar às atividades na mina da Lonmin em Marikana e retomarem as negociações. Porém, não está definido como ficará a área na qual 34 mineiros foram mortos e mais de 70 ficaram feridos.
O presidente do sindicato, S'Du Dlamini, disse que há agora bases para uma negociação salarial "realista e sensata".
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