Detento baleado desencadeia confusão de informações no Roger

Da Redação

Depois da divulgação do boletim diurno desta segunda-feira (21) do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, o Paraíba1 resolveu averiguar a informação de que o detento do Presídio do Roger, Ricardo Rocha Soares, de 42 anos, havia sido baleado.

De acordo com o relatório do Trauma, por volta das 14h40 Ricardo foi atendido com um ferimento à bala. O próprio documento dizia que o paciente era proveniente do presídio e que, após ser atendido, teria recebido alta e voltado para o Roger.

Em contato com o Presídio do Roger, porém, recebemos a informação de que o ferimento não havia sido causado por arma de fogo, mas sim por um pedaço de madeira e que Ricardo teria se machucado sozinho, por acidente. De acordo com o agente, cuja identidade resguardaremos, o detento só foi levado ao Hospital de Trauma porque o ferimento havia sangrado.

Procurada pelo Paraíba1, a assessoria do Hospital, por sua vez, confirmou que Ricardo dera entrada às 14h41, vítima de arma de fogo, e que já havia recebido alta. Com essas informações, a reportagem entrou novamente em contato com o presídio.

Desta vez o agente contou que, na verdade, houve uma confusão com outro apenado, mas rapidamente mudou a versão e disse que Ricardo já chegou no presídio baleado. Ele disse, porém, que não sabia informar em que circunstâncias o detento foi atingido.

Em sua versão final do ocorrido, ele afirmou que a confusão que houve foi de informações porque um colega havia contado a história errada.

Informações desencontradas

Na última sexta-feira, também no Roger, um preso foi liberado no lugar do irmão. Em uma primeira divulgação, a saída equivocada teria acontecido por conta de um erro no alvará de soltura. Na segunda versão, os dois presos teriam planejado tudo e um irmão saiu no lugar do outro.

No entanto, ainda na mesma noite, foi dada à TV Cabo Branco uma terceira versão. Nesta, um irmão teria aproveitado que os documentos do presídio estão sem fotos e se apresentado como sendo o irmão, que cumpria uma pena menor e que não teria feito parte do esquema de fuga.